Um fuxico bem contado

O sertanejo sempre foi muito devoto da doutrina católica. Conservador no que diz respeito às tradições da igreja.

Por conta disso, quase sempre batizou seus filhos com nomes de Santos canonizados pela fé romana. Assim avultou-se as terras nordestinas com Josés, Joãos, Antonios, Vicentes, Franciscos...

São tantos nomes comuns que se utiliza o artíficio de acrescentar o nome do pai após o nome do filho para não confundir as pessoas. João de Antonio Belo, Raimundo de Zé preto...

Valmir de Antonio de André vinha ligeiro do mercado público contar uma novidade à sua doce mãe:

-Mãe posso contar um fuxico?

-O que é menino?

-Chico de Xixico e Xixico de Chico Carlota quebraram cinco xícaras lá em Chico Quinco.

-vixe Maria, ô menino fuxiqueiro.

Zacarias Berto leva surra de Caipora.

Zacarias Berto caçava tranqüilo em uma região nas proximidades do sítio Santo Antonio, acima do sítio Letreiro, município de José da Penha, quando percebeu um burburinho no mato, preparou seu rifle para abater o bicho quando o avistou ainda longe.

A raposa carregava em suas costas algo que o caçador não conseguira identificar, esperou o bicho aproximar-se um pouco mais e mirou no ser estranho que estava montado na raposa quando percebeu a bordoada, seu Zacarias foi agredido violentamente até perder os sentidos, chegando à sua residência em estado lastimável. Logo a culpa foi atribuída à Caipora, um ser que enriquece o folclore brasileiro como protetor de animais indefesos e fumante compulsivo que não nega uma boa sova a quem lhe recusa o tal cigarro de palha.

Seu Zacarias viveu o resto de seus dias taciturno pelos cantos. Sobre a Caipora evitou comentar, escondia as marcas que restaram do mitológico espancamento. Contra sua vontade ficou conhecido como Zacarias da Caipora.

Mt 5:9


"Bem-aventurados os que promovem a paz,
pois serão chamados de filhos de Deus". Mt 5:9

Ensaio sobre uma guerra

Sun Tzu produziu há mais de dois mil anos na China seu famoso clássico A arte da guerra, utilizado até hoje como base para planejamentos estratégicos e condutas militares.

Pelo que se extrai do aforismo do militar chinês, a hora é quem faz a vitória. Conhecer bem o inimigo e saber usar o discernimento a seu favor seria o ponto elevado da estratagema do General.

Toda arte militar baseia-se no ardil. Portanto, quando é capaz, finge incapacidade. escreveu ele.

A surpresa é principal arma, fingir fraqueza e apanhar de improviso o exército inimigo é o objetivo essencial da estratégia de Sun Tzu.

Finge inferioridade e encoraja-lhe a arrogância. Foi assim que o General Chao derrotou os Hsiung Nu que amedrotavam a China e por conta desses nômades se construiu a famosa muralha.

O inimigo, conhecendo sua superioridade desdenha o adversário e não toma as precauções devidas, o inimigo se torna arrogante diante de um adversário que julga pequeno.

Para Sun tzu " quando o trovão ressoa, não há tempo de tapar os ouvidos".

A filosofia militar chinesa, que foi também usada por Mao Tse Tung, serve de inspiração para basear nossas relações cotidianas. "O general que atentar à minha estratégia certamente vencerá".

Assim, se teu inimigo te subestimar, acreditar que é superior, imaginar-te fraco, deixa-o a vontade, pois quando teu ímpeto agigantar-se diante dele já não terá forças para subjugar-te e terá que reconhecer tua vitória.

Mosaico histórico sobre as relações entre homens e mulheres.

I-Pigmalião era um rei e escultor grego que vivia na ilha de Chipre, guardava enorme aversão às mulheres. Acreditava que a mulher levava o homem à ruina, só era livre enquanto vivesse sozinho. A mulher estava para o homem assim como um parasita para seu hospedeiro.

A arte de Pigmalião era perfeita, sua fama era formidável, sua presteza era descomunal. Tomado por uma grande inspiração, o rei grego começou a esculpir a mais bela obra que sua capacidade engendrou.

Quase que despretenciosamente foi surgindo de seu cinzel uma perfeita mulher de mármore.

Findada sua obra, Pigmalião contemplou-a extasiadamente e acabou se apaixonando por aquela que chamou de Galatéa.

Beijava os seus frios lábios, abraçava seu corpo híspido esperando uma refutação do calcário metamorfizado.

Restou implorar a Afrodite para fazer brotar vida da inanimada e bela pedra.

Satisfeito o desejo de Pigmalião, não se ouviu mais falar dele, não produziu mais suas obras, não apareceu mais nos eventos gregos, enfim, foi consumido pela ardente paixão que sentiu por Galatéa e nunca mais apreciou outra coisa senão a beleza de sua mulher.

II-Quando os Judeus eram dominados pelos Filisteus, surgiu de uma promessa de Javé um forte guerreiro chamado de Sansão. Imbatível com sua força incomum era temido pelos algozes do seu povo.

Encantou-se pela jovem e bela Dalila que o inquiriu até descobrir que a sua força vinha do seu comprido cabelo. Quando dormiu teve suas madeixas cortadas pela traidora por quem se apaixonou e quando os Filisteus o acordaram já não tinha forças para vencer seus inimigos.

Sansão teve os olhos furados e apesar de ter cumprido o propósito de Deus acabou morto.

III- Não podia haver mulher mais bela emais desejada do que Helena, sua beleza era divina, um anjo esculpido por Deus, casou-se com Menelau rei de Esparta.

Páris, príncipe de Tróia, embevecido com a harmônica proporção estética de Helena, foi absolvido por um amor desmedido.

Sem remédio para curar a forte atração que o dominava acabou rapitando Helena. Levou-a até a cidade de Tróia, certo de estar protegido pelos intranponíveis muros da cidade localizada na Anatólia. A paixão de Páris por Helena foi a ruína de tróia, foi o fim de um próspero reinado.

IV- Justiniano foi o último grande imperador romano, dedicado as artes e as ciências, responsável pelo famoso corpus jures civilis.

Na arte do amor, certamente, foi muito feliz. Casou-se com Teodora uma bela e ambiciosa mulher que foi arrancada de um antro de perdição pelo imperador. A ela, Justiniano deve o trono, haja vista que na revolta de Nike, o imperador encontrando-se perdido preparou-se para fugir e abandonar o reino e quando estava tudo pronto para fuga ouviu de Teodora: "Vai César, se queres fugir. Os navios te esperam. Eu fico. A púrpura é bela mortalha para imperatriz de Bizâncio".´Justiniano, introspectivamente, buscou no mais profundo íntimo de seu espírito forças suficientes para continuar na batalha depois que percebeu sua pequenês em relação a Teodora.

Brasileiríssima



A catarinense Fran Slaviero é quem abrilhanta a sessão brasileiríssima de hoje com seu corpo escultural e sua beleza rara.

Minha honra é inabalável.

Nunca escondi de ninguém as limitações que minha burrice me impõe, nunca imaginei que fosse digno de qualquer merecimento intelectual.

E assim como Sócrates, sempre me encontrei pequeno diante de tanto conhecimento que o mundo oferece, " Só sei que nada sei".

Para mim, nunca foi motivo de orgulho ser aprovado aqui ou ali, nisso ou naquilo; de ter lido tal ou qual autor; de saber de uma coisa ou de outra. Totalmente irrelevante para meu ego qualquer merecimento que alguém possa imaginar que eu tenha. Tudo que eu sei não é nada, haja vista o quanto me falta aprender.

A única coisa que me orgulha, que me eleva o brio e me enche o espírito de altivez é a minha honra e o meu caráter.

Não me causa nenhum constrangimento que me notem como um sujeito de curta inteligência, mas me causa grande mágoa quem duvida dos príncipios que aprendi a cultivar no seio da minha família, quais sejam, a dignidade, a probidade, a honestidade.

Em momento algum haverá vestígios para que duvidem da minha fé, não hesitarei em vigiar os preceitos básicos de minha honra, não vacilarei na defesa de meu caráter.

Destarte, o conceito que fazem sobre meus conhecimentos não tem a menor importância para mim, ao contrário do que pensam sobre minha autoridade moral. E quem imaginar em duvidar dela que tenha muita diligência na busca por indícios e que se desvie da má-fé. Tendo em vista que sou capaz de revirar até o mais obscuro grotão da terra, até o mais profundo oceano na defesa de minha dignidade.


Súplica de Filomena é caminho para o céu.

Filomena vivia sozinha em uma casa sem reboco nem luz elétrica. Alternava raros momentos de lucidez com sua loucura desmedida. Por algum momento era gentil e educada em outros irascível e desbocada.

Nas manhãs alegres andava pela rua tranquila e sorridente cantando:

A carreira da raposa
ela é muito feia
o cachorro corre atrás
ela se arrupeia.

Nas outras dizia palavrões com os meninos que passavam para escola:

-Filó tem no rabo da sua mãe fio de rapariga.

Os cortejos fúnebres, tinham por obrigação passar de frente à sua casa o que era muito arriscado para o defunto devido a sua instabilidade emocional.

Mas não se havia, até aquela data, registrado nenhum incidente quando se tratava de sepultamento, e isso nos levava a crer que até os loucos tinham uma ética para com falecidos.

Uma velhinha que havia morrido em um sítio próximo, foi trazida para ser sepultada na cidade e quando o cortejo passava em frente a casa de Filomena ela começou a rezar, se aproximou do caixão e parou a marcha fúnebre enquanto orava:

Repouso eterno dai-nos senhor
à luz do perpétuo resplendor

Todo mundo apreensivo, olhos marejados, soluços durante a recomendação do corpo esperando o amém de Filomena.

A ladainha se aproximava do fim, a família aliviada por ter tudo ocorrido em paz aguardava apenas a conclusão da súplica para seguir o sepultamento.

E Filomena faz a última oração:

-Em nome do Pai
do Filho
e do Espírito Santo.

Todos
-Amém.

E por fim, Filomena consola a família enlutada:

-Essa não faz mais cachorrada na terra.

Alguém despercebido ainda gritou. Amém!

O novo que brota das cinzas do que já foi.

Obama é um poema

Surge como o primeiro raio de sol depois de uma tormentosa noite de tempestade.

Obama é luz, é cor, é música, é diversidade.

Obama é a força que mantém girando a roda da esperança.

Pelo que representa, pelo simbolismo que carrega, pelo novo, Obama já é muito.

Novas frases de banheiro

"Neste lugar sagrado,
Toda vaidade se acaba.
O mais covarde se esforça,
e o mais valente se caga"


"O peido é o grito da liberdade da merda oprimida."


"A diferenca entre cagar e dar o cú é meramente vetorial."
(encontrada no banheiro da USP)

Detalhes importantes sobre a publicação anterior

Posso não ter sido muito claro na anterior postagem sobre o caso da exoneração do senhor Francisco Lopes Torquato.

Assim gostaria de apresentar mais alguns detalhes para melhor avaliação dos estimados companheiros.

O senhor Francisco Lopes, foi nomeado por decreto sem prestar concurso ou algum tipo processo seletivo antes da promulgação da CF 88 para o cargo de assessor legislativo.

Todavia vinha exercendo tacitamente as atribuições de um secretário tanto o é que foi exonerado do CARGO COMISSIONADO DE SECRETÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL.

Outro fato estranho é constar na portaria que o exonerou o termo A PEDIDO, haja vista não haver essa solicitação por parte do exonerado.

Dúvidas que me atormentam

O atual presidente da Câmara, Manoel Florêncio, poderia ter exonerado o senhor Francisco Lopes Torquato do cargo que exercia naquela casa legislativa desde de 1988?

Gostaria de invocar os eruditos leitores deste blog para formarmos um forum de discussão sobre esse assunto. Para tanto, espero contar com a participação de Gláuber Ferreira, o Papa do direito administrativo; Anchieta Campos, refrigério para os que buscam o auxílio do direito; Marciel Sales, varão que de tão vasto conhecimento abarca até assuntos extraterrenos; Iran Almeida, Iluminado pelo sol da sabedoria; Além do fera king para servir de contrapeso ao debate.

Na verdade, o projeto de lei 578/87 criou no quadro de pessoal da câmara municipal o cargo de assessor legislativo, regido pela CLT.

Em 04 de janeiro de 1988 o senhor Francisco Lopes Torquato foi nomeado para o cargo pelo Decreto Legislativo 005/88.

No dia 06 de janeiro do corrente ano a portaria 010/09 resolveu:

art 1° - Exonerar a pedido, o senhor Francisco Lopes Torquato, do cargo comissionado de secretário da câmara municipal.

Então? alguém percebe algum vício no ato que o exonerou? alguém se habilita a inaugurar o debate nos comentários do blog?

Nem toda solidariedade vale a pena.

Em um ano de boa safra José Leite comprou uma fazenda de tecido e confeccionou três roupas, uma pra cada filho.

Marcelino, Antonio e Alberto não se continham de tanta alegria quando olhavam para as peças, todas iguais, um conjunto azul claro. Estavam felizes em participar da festa de São Francisco.

O vizinho de José Leite não teve a mesma sorte, uma praga abateu a sua safra de algodão e não sobrara quase nada, sem dinheiro para comprar roupas para seus dois meninos a família não iria a um batizado que fora convidada.

José Leite oferecera as roupas dos seus filhos para que as crianças do vizinho participassem da festa desde que chegassem a tempo de Alberto, Antonio e Marcelino por solidariedade desfrutassem da procissão e do encerramento da solenidade católica.

Alegres desceram à rua os meninos vizinho enquanto o crepúsculo caía triste para os três filhos de José leite. Por volta das sete se ouviu os primeiros rojões.

Gritos de divertimento, música, risadas, sino tocando, bêbados contando grandezas e valentias, damas rodeando a igreja, flertes adolescentes, algodão doce, banquinhas de guloseimas e penduricalhos, tudo isso se misturava nas cabeças dos meninos transformando suas férteis imaginações em uma grande quimera que era aquele fabuloso dia do Santo Padroeiro.

Já se ouvia o hino de São Francisco:

São francisco das Chagas
protegei a humanidade
perante o redentor

cheio de amor
cheio de amor

Alberto e Antonio sairam devagar até a casa em que acontecia o batizado, por trás da cerca de faxina observavam suas roupas correndo, se divertindo, comendo, enquanto àqueles olhos suplicantes miravam-nas através das frestas das varas.

Depois de muito, o pai cessionário organizou a família para voltar para casa. Alberto e Antonio se encheram de contentamento e correram para esperar suas roupas.

Mais uma meia hora até chegar em casa, tirar a roupa suada, devolvê-las aos donos...

A carreira pra chegar na festa foi tão grande que o calcanhar batia na bunda, quando avistaram a igreja os corações aceleraram, a alegria tomava conta deles.

Mas quando se aproximaram, a tristeza os abateu, o locutor agradecia a todos que participaram do leilão, as barraquinhas já estavam sendo desmontada, as famílias já retornavam ao lar, o algodão doce e as guloseimas já haviam se acabado, restavam apenas os bêbados que já não contavam vantagens devido ao alto grau de embriaguez, alguns casais de namorados censurados pelas beatas e a sujeira do fim da festa.

No desconfortável patamar da igreja sentaram desolados, consternados e desta forma chegaram a conclusão de que nem toda solidariedade vale a pena.

Soneto de Parabéns

Em homenagem ao magnânimo Iran de Assis Almeida que desceu a serra do Lima para abrilhantar a obscura Pau dos Ferros com sua elevada sapiência dedico o soneto a seguir, já que o supracitado cumpriu seu natalício no último sábado. Parabéns do Blog.

Por Sílvia Araújo Motta

Hoje o universo veste a luz brilhante;
no coração a terra está florida!
Firme regente pede grupo:
-Cantea canção bela e a rima tão querida.

O sol espalha raios cada instante,
a natureza canta a pauta lida,
compassos marcam festa tão marcante,
farta comida, doces e bebida!

Em cada face um canto novo clama;
já não se lembra a dor de uma partida,
renova tudo e acende nova chama...

À mesa, meu convite faz o laço
e cada mão eleva o brinde à vida:
-Só porque o dia é teu um poema faço.

Retalhos de um texto sobre a Palestina


"Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem." (Jean-Paul Sartre)
"O argumento de que seria guerra puramente de defesa, que só teria sido desencadeada depois que o Hamas violou um cessar-fogo de seis meses, já foi desmentido, não só por observadores como Jimmy Carter, o ex-presidente dos EUA que ajudou a construir a trégua, mas também por especialistas de diversos institutos e think tanks israelenses de centro-direita". ( http://www.amalgama.blog.br/01/2009/e-quem-salvara-israel-de-israel/ )

O meu altivo opositor neste debate em uma de suas postagens sobre o massacre da Palestina chamou os que não concordam com sua opinião de cegos com olhos, uma forma sutil de chamar de burro. Álias os argumentos em que se baseia não consegue convencer sequer os israelenses, haja vista que uma pesquisa de opinião pública divulgada neste fim de semana revelou que 41% dos israelenses consideram a ofensiva como desastrosa. Em relação à burrice que me assiste, diria que, de fato, a exercito neste debate.
O conceituado pesquisador e professor de Israel, Neve Gordon, disse que os foguetes do Hamas são desculpas para a invasão, afirmou ainda que a ocupação dos territórios palestinos é um grave erro e que os ataques com mísseis são a reação a essa ocupação. ( http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL944114-5602,00-FOGUETES+DO+HAMAS+SAO+DESCULPA+POLITICA+PARA+INVASAO+DIZ+PROFESSOR+ISRAELEN.html )

No que diz respeito a proporcionalidade do combate, que foi digna de um belo texto por parte do sapiente Anchieta Campos, creio que os números podem falar muito mais do que minha vã retórica. Já são 1300 palestinhos mortos contra 13 israelenses. Isso é justo? é proporcional? É proporcional e justo que o beligerante estado sionista expulse os palestinos da faixa de gaza e assente suas famílias? É justo e proporcional que as terras dos Árabes sejam reduzidas a pequenos e áridos feudos? É justo e proporcional que os palestinos necessitem da autorização para exercer o seu direito de ir e vir? É justo que um muro de 10 metros de altura separe centenas de famílias palestinas e os isolem do mundo? É justo e proporcional que a casa de uma mãe seja destruída pelo fato de o filho ser acusado de terrorismo?

O Hamas a caso é o povo palestino? O hamas é aquela criança e aquela mulher que foram mortos em uma escola da ONU no último sábado? E que Israel conhecia as coordenadas.


Ainda sobre a proporcionalidade invocada pelo brioso soldado de Israel, Anchieta Campos, gostaria de citar uma frase do Major-general Gadi Eisenkot:

"Usaremos força massiva, não proporcional, contra cada vilarejo do qual se dispare contra território de Israel; causaremos dano e destruição máximos. De nosso ponto de vista, [cada vilarejo] será considerado uma base militar. Não estou sugerindo nada. Estou falando de um plano de ataque já autorizado".


Os doutos da fé ungem Israel de autoridade divina e menosprezam quem se contrapõe a este entendimento. Mesmo que essa pessoa não defenda o grupo radical islamico apenas seja contrário à injusta ofensiva. Porém, vale deixar claro que, neste último caso, não me refiro ao meu oponente nesta batalha sem fim, Anchieta Campos, que debate no mais alto nível, aliás em um patamar bem superior ao desta desprezível eloquência.





porque a lei foi dada por intermédio de MOISÉS, a graça e a verdade vieram por meio de JESUS CRISTO , Enquanto a lei é um ministério de condenação e morte a graça é ministério de vida , porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 2 Corintios 3:6.



“Calaram à força todas as vozes da contenção moral. Hoje, tudo é permitido” contra os palestinos, escreveu, amargurado, Gideon Levy, colunista do Haaretz.


Viva a Palestina




Recordo-me agora de uma frase infeliz de Paulo Maluf quando ocorreu um crime hediondo em São Paulo e a sua reação foi dizer "estupra, mas não mata".

O meu adversário nesta peleja, certamente sem má-fé, se assemelhou ao deputado quando afirmou que a foto postada na publicação anterior é propaganda do Hamas. Ora! então vale matar? o que não pode é divulgar para não sensibilizar a opinião pública contra guerra? Quer dizer que devemos nos calar para não beneficiar o tal grupo?

Aliás, não podemos dizer que aquilo é guerra, não existe guerra de um exército só, aquilo é massacre, é genocídio mesmo.





No direito, que o meu opositor neste litígio conhece tão bem, existe o entendimento de que a defesa deve seguir a proporção do agravo o que creio estar mais próximo do conceito de justiça. As respostas dos Palestinos às ocupações israelenses, à segregação, à limitação e ao cerceamento do direito de ir e vir são até tímidas. Enquanto as contraofensivas do Estado sionista são espantosamente desproporcionais e não me canso de insistir neste assunto.








Na contagem dos mortos já se aproximam de 1200 palestinos quase a metade são crianças, mulheres e idosos. Como posso me calar diante de uma situação dessa?

"Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim:
não dizemos nada.
Na segunda, já não se escondem.

Pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada".
Maiakovisk

Os filhos da guerra

“O que está acontecendo na Palestina é um crime que podemos comparar com o que ocorreu em Auschwitz”. José Saramago, extraido do

http://www.espacoacademico.com.br/011/11petras.htm texto produzido em 2002 por James Petra, mas que nos remete à atualidade.

A Palestina continua sob o Calvário

"Uma violência que não para nem diante de uma escola não merece lamentos mas sim uma condenação clara", Martin Schulz. Deputado Alemão.

No dia de ontem Israel assassinou dois perigosos jogadores de futebol palestinos, eles eram atacantes e amedrontavam a zaga adversária.

Hoje Israel matou quinze morimbundos em um hospital na Faixa de Gaza, os doentes carregavam potentes espirros bombas, que podem ser comparados aos mísseis Kassam que matam quase duas pessoas por ano em Israel.

O estado Judeu também mirou seu poder de fogo contra um galpão de ajuda humanitária da ONU usando fósforo branco, afinal, os remédios depositados ali poderiam se transformar em poderosas armas químicas nas mãos de alquimistas palestinos.

A perigosa imprensa internacional que vem tendo seu trabalho limitado, mas que mesmo assim não desiste de mostrar a verdade e a humilhação imposta à Palestina, também foi atacada pelo exército judeu na manhã de hoje.

Os sensatos clamam " perdoa-os pai, eles não sabem o que fazem". Os humilhados rogam "Eli, Eli, lemá sabactâni".

Marciel nunca foi menino

Métis, a deusa da prudência, casou-se com Zeus e quando engravidou foi engolida pelo marido que temia ser destronado pelo rebento que estava sendo gerado no ventre dela.

Métis deu a luz a Atena, chamada de Minerva pelos romanos, dentro da cabeça de Zeus, no centro da inteligência.

Passado algum tempo uma forte dor de cabeça acometeu o deus grego que pediu para Hefesto abrir sua cabeça e foi dela que surgiu Atena coberta pelo elmo do saber.

Atena veio à luz já adulta e sua sabedoria a tornou a deusa das artes, da cultura, da inteligência.

Marciel tem uma certa semelhança com Atena, além da sabedoria que ostenta, conseguiu transpor as adversidades e já surgiu triunfante no seio de sua família.

Hoje, comemora seu aniversário inaugurando uma nova razão, uma filosofia rebelde, uma insurreição contra a ordem social vigente.

Assim, encerro essa publicação com homenagem ao filho de seu Brasilino, nascido em era remota nas áridas terras de São sebastião de Caraúbas

"Estou farto do lirismo
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo

De resto não é lirismo
Será contabilidade, tabela de co-senos
exemplar com cem modelos de carta e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Manoel Bandeira

O senhor da Guerra.

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Debate sobre a guerra

A grande vantagem de debater com pessoas gabaritadas é ter a certeza de um bom combate ideológico mesmo com a consciência de que o adversário é infinitamente superior no campo das idéias.

Todavia na minha infinita ignorância, meu espírito não concebe que um ser humano possa agredir, humilhar atirar contra crianças, explodir hospitais e bairros residênciais e ainda encontrar uma justificativa para isso.

Madeleine Albright, quando secretária de Estado Americano disse que a morte de crianças durante a guerra era um mal necessário. Minha pobre filosofia não compreende a violência, principalmente com a latente desproporção que vem acontecendo.

A própria ONU já aceita a possibilidade de ter havido crime de guerra na Faixa de Gaza, A UNICEF Afirmou que quase trezentas mortes foram de crianças e oitenta e cinco foram mulheres quase sempre em hospitais, abrigos ou mesmo em casa.

Dois médicos Noruegueses que estavam trabalhando na Faixa de Gaza denunciaram o uso de um explosivo com um componente químico conhecido como DIME (Dense inert metal explosive) composto de tungstênio. divulgou hoje um jornal daquele país.

A advogada Ana Echenvenguá escreveu artigo no site da agência Carta Maior em que dizia:

"A estratégia de Israel é outra. Em 1990, o jornal Jerusalém Post publicou que "é difícil conceber qualquer solução política consistente com a sobrevivência de Israel que não envolva o completo e contínuo controle israelense da água e do sistema de esgotos, e da infra-estrutura associada, incluindo a distribuição, a rede de estradas, essencial para sua operação, manutenção e acessibilidade". Palavras do ministro da agricultura israelense sobre a necessidade de Israel controlar o uso dos recursos hídricos da Cisjordânia através da ocupação daquele território". Disse ainda, "antes de devolver (simbolicamente) a Faixa de Gaza, Israel destruiu os recursos hídricos da região. E, até hoje, não há infra-estrutura hídrica nas regiões palestinas".

Quando se enxerga o cerne do problema se percebe que não são aqueles mísseis que mais parecem traques de São João, os responsáveis pelo desproporcional agravo. Notemos que enquanto morreram dez Israelenses, já chegam a novecentos os palestinos ceifados. É uma guerra injusta, uma covardia, uma afronta contra a humanidade. Os palestinos atiram com fundas contra os tanques de Israel, assim como fez Davi contra Golias, enquanto os israelenses contra-atacam com pesada artilharia de última geração.

Pode-se dizer também que a proximidade das eleições no Estado Judeu pode estar incentivando os ataques.

Em relação aos extremistas é evidente que não se pode coadunar com tal sortilégio, todavia eles existem em qualquer filosofia, não são exclusividade dos mulçumanos. Encontramos Hebreus, cristãos e até torcedores de futebol fanáticos que são capazes de matar ou morrer por um ideal ou uma paixão. Lançar sobre toda a nação islamica a fama dos tentáculos do terrorismo é preconceito e racismo.

Minhas excusas aos leitores desse blog e principalmente ao altivo debatedor que comigo perde seu precioso tempo pelas minhas mal traçadas linhas, haja vista não dispor de suficiente período para organizar um texto assim como faz com presteza o meu altivo opositor nesta emblemática contenda.

Voltando...

Há bem pouco tempo comentei que não publicaria mais essa semana, todavia o excelente blog do companheiro Anchieta Campos acabou provocando o meu conturbado censo crítico.

O blogueiro em tela, geralmente, não se perde em seus comentários todavia acredita que sua verdade é inabalável simplesmente pelo fato de ter lido alguma coisa em algum blog ou site da web.

Quem domina geograficamente a região é Israel, eles quem escolhem qual periódico pode entrar no meio do conflito e até editam as imagens que são passadas para as agências internacionais de notícias.

Certa vez alguém disse que na guerra a primeira vítima é a verdade, e imaginar que os palestinos usam suas crianças como escudos é no mínimo ingênuo, é querer justificar o injustificável.

A verdade é que os hebreus mais uma vez se prostam diante do bezerro de ouro e desprezam as promessas de Javé, humilham os palestinos tal qual foram humilhados no Egito por Faraó.


Volto já com esse tema.

Poucas coisas.

I-As postagens de ontem foram feitas com muita pressa e principalmente sob forte emoção, por isso os textos não observaram certas qualidades essenciais para criação de um um bom conjunto de palavras, todavia a intenção é mesmo o que importa.

II- O mundo se prepara para comemorar a despedida do governo Bush, um alívio, um refrigério para os corações sensatos.

III- Gostaria de adiantar que essa semana não será possível fazer mais publicações, exceto ocorra algum fato extraordinário que mereça algum relevo. Assim sendo volto na segunda feira para importunar os heróicos leitores deste desprezível blog.

Acidentes causados por irresponsabilidade

Nos termos do Código Penal pátrio, comete homicídio doloso aquele que tem intenção de matar ou então assume os riscos de produzí-lo ( Art. 18, I )

Não há dúvidas de que quem dirige sob os efeitos etílicos assume os riscos de causar acidentes. Qualquer pessoa mediana em seu senso normal sabe que as consequencias do álcool são, geralmente, trágicas. Haja vista que a droga altera o estado do indivíduo, causando excitação, confusão mental, supressão dos reflexos e outros males.

Da mesma forma poderia ser responsabilizado o pecuarista que cria seus animais às margens de rodovias. É clarividente os riscos de causar acidentes.

Nada mais justo do que enquadrar os verdadeiros responsáveis pelo crime DOLOSO, as vítimas, muitas vezes, encontram-se trabalhando ou voltando pra casa e os filhos que são cerceados do direito de ter um pai, a esposa que se separa da proteção do marido, as mães suprimidas do carinho do filho, o pai que perde seu afeto, o irmão que se dispersa da amizade e do companheirísmo. Estes não podem ver imune aquele que deu causa a tragédia, aquele que transgredindo à lei e ou a moral arruinou a vida de uma família, tirou do filho o abraço. Esse prejuízo é imensurável.

Homenagem a Chico Leandro

Recebo com enorme prazer a homenagem que o poeta Geraldo Peixoto prestou ao cearense de nascimento, mas jpenhense de coração Francisco Leandro Pinheiro.

Chico Leandro e sua esposa, Toinha, foram pessoas de grande visão, quando todos criavam os filhos para trabalhar na roça eles fizeram o contrário, venderam a propriedade e com muita dificuldade investiram na educação dos filhos.

O resultado se deu de forma bastante satisfatória e hoje com 95 anos assiste os filhos triunfarem em suas carreiras e até mesmo na política. Parabéns a toda a família de Chico Leandro.

Ele enfrentou o batente
Lutando com muito gosto
Não enjeitava trabalho
Sempre foi muito disposto
E continuando a vida
Nessa história toda lida
Com o suor do seu rosto

Antisemitismo ou anti-injustiça?

Deus prometeu a Sarah que ela seria mãe, ela não acreditou e estimulou Abraão a copular com a pobre escrava Agar, desse relacionamento nasceu Ismael. Quando Sarah concebeu milagrosamente Izaque, incitou Abraão até ele expulsar a escrava e seu filho para o deserto.

Conta a Torá que Deus ouviu o choro de Ismael e abriu os olhos de Agar para que ela enxergasse um poço e ambos não morressem de sede.

Deus sempre foi benevolente com os Hebreus, a eles prometeu o paraíso e sempre perdoou seus desvios. Mas eles não apredem, rejeitaram Jesus, imaginando um Messias da estirpe de Davi, rico e poderoso, mas deixemos as questões de fé.

Passaram por momentos angustiantes por toda sua história, mas não percebem o que Deus preparou para eles, os planos de Javé, as provações que passaram.

Quando alguém critica Israel é logo qualificado como antisemita, é algo assim automático, não vale os argumentos por mais contundentes que sejam. É como criticar a esquerda, o chamam de reacionário; de criticar a direita o chamam pejorativamente de comunista; é como criticar a ditadura, o chamam logo de subservivo.
De modo bastante informal publico essa postagem de hoje para protestar contra a covardia que está sendo feita na Palestina por parte Israel. O agravo é notadamente desproporcional, é um genocídio que acontece sob as bençãos do decadente império estadunidense.

Dane-se a rica história hebráica, se, insurgir-se contra a injustiça for antisemitismo não abro mão de assim o ser.

Brasileiríssima



A mais importante sessão deste blog, inova com um ensaio sensual em vídeo da bela
Natália Rodrigues.

Frases de banheiro público



Estaremos iniciando hoje a mais nova sessão do blog Simples, porém boas com frases lidas nos mais variados banheiro do país.


Banheiro 1
Se viado fosse arma
puta fosse munição
Pau dos Ferros estava pronto
pra defender a nação

Banheiro 2
Cagar é uma arte profunda
Quando a bosta bate na água
Água bate na bunda..

Banheiro 3

"Aqui termina a obra de um grande cozinheiro"

A gagueira de Vicentinho ocasionou prejuizo a Antonio de Zeca.

Vicentinho tinha dois problemas em sua vida, um deles era a gagueira que o atormentava, o outro era a bebida que o subjugava.

Impedido de beber por imposição da sua debilitada saúde ficou ainda mais nervoso e por conseguinte mais balbo.

Na bodega de Antonio de Zeca chegou ele sorrateiro e triste com gana, mas convicto de que não podia mais beber. Como de costume reclinou-se sobre o balcão e mirou para o dono do bar com olhar suplicante.

- qui qui qui uma co co co

Antônio de Zeca fazia esforço para compreender a vontade de vicentinho que evoluía no pedido.

-Co ca co ca co co ca

Depois de algum tempo naquela peleja finalmente Antônio imagina que entendeu a solicitação do freguês. Apressa-se em atendê-lo, vai até o frezzer e busca a coca-cola mais gelada. Porém a aflição de Vicentinho se mutiplica.

-co co co ca, co co ca.

Antonio de Zeca pega o abridor de garrafa e Vicentinho começa a suar e mexer a cabeça enquanto o comerciante abria a coca-cola

-cocococococococo

Devagar aproxima o abridor do refrigerante arranca a tampa e quando o gás começa a borbulhar o liquido até fazer espuma Vicentinho faz um esforço descomunal e se liberta da palavra que estava acorrentada em sua garganta com um elevado clamor de quem não tinha dinheiro suficiente para pagar a garrafa de coca-cola:

-CO COCADA ANTONIO!!!!!

Tarde demais.

-Vai pagar! pode pagar!

Vicentinho correu e o bar que já estava abalado depois que ele deixou de beber perdeu de vez o cliente.

Uma visão adversa da filosofia de Maquiavel.

A arrogância, a soberba, a perseguição são os primeiros passos para a derrocada de um líder. Pode-se até governar por algum tempo através da imposição do medo, mas não é possível manter um projeto autoritário por toda a vida.

Um líder orgulhoso que importuna seus adversários, que não aceita opinião quando não lhe agrada, que humilha quem não é cúmplice de seu domínio. Certamente cairá quando precisar de apoios voluntários e não apenas de meros bajuladores. Esses políticos cairão já que se sustentam no governo através do terror e não pelo respeito que o povo conserva por ele.

Ouço com prazer a história de um prefeito que não conheceu a derrota, se não a que lhe foi imposta pela morte. Sempre tratou a todos com respeito, até mesmo seus mais ferrenhos adversários, governou pelo seu município e não para manter um grupo a se locupletar com a benevolência dos cofres públicos.

No seu tempo quase não havia estradas e automóveis e as campanhas eram feitas no lombo de animais. Quando chegava em determinada região escolhia a casa de um opositor e lhe pedia guarida, o adversário não entendia mas devido ao respeito que sempre fez questão de cultivar sempre foi bem recebido. Almoçava, jantava ou dormia continuamente na casa de um adversário, conversava com gentileza, sorria pras crianças, abraçava fraternalmente a todos, ganhava a simpatia e os votos da família.

Não se conheceu dele nenhuma grosseria, não se tem notícia de malversação de recursos públicos por sua parte, nunca humilhou, nem destratou as pessoas, tampouco se escondeu delas.

Era temido por seus oponentes exatamente por não aceitar provocações, nem se deixar rodear de puxa-sacos e fuxiqueiros.

Quase maquiavélico

Não podia haver menino mais irrequieto do que César, não tinha quem aguentasse a indisciplina do rapazote.

Sua mãe, Rita, era um doce de pessoa, muito meiga, mas tinha um defeito, protegia demais o filho, mesmo sabendo que César era um menino travesso.

Rita tinha um café no mercado público de onde sustentava com dificuldade a família, Chico Ferreira, seu marido ajudava no comércio, mas preferia mesmo a agricultura.

Ivanilson era sobrinho de Chico Ferreira, mas não confiava em César, não o via com bons olhos por conta de sua astúcia.

A luz desligava as nove da noite e Ivanilson e mais dois amigos observavam César em dos seus poucos momentos de tranquilidade quando o funconário da prefeitura interrompeu o motor que gerava energia.

Aproveitando a escuridão tramaram um plano quase maquiavélico, aproximaram do indivíduo e cobriram-no de cocorotes até a vítima começar a chorar.

Consolidada a primeira parte da trama cingiram o mercado e rapidamente entraram no café de Rita.

- Rita, bote três doces de leite.

Chico Ferreira ouviu ao longe o bramido de César e foi verificar. Quando voltou disse a Rita que cesár levara uma sova. Ivanilson não se conteve e indignado tal qual um héroi que se levanta imponente disse vigorosamente:

- O quê? bateram no meu primo? eu não admito um negócio desse não! cobre a conta aqui tia Rita que eu vou atrás desse covarde.

-Não meu filho, precisa pagar não, tá bom, basta sua solidariedade.

E foi assim que terminou o plano perfeito.

Concluamos com essa pequena observação que não passa de uma insignificante homenagem. O amor de Rita por César era tão grande que essa história só pôde ser contada depois de sua partida para o campo Santo. Que Deus a tenha e que recompense o seu infinito amor de mãe.

O sargento que parecia um Tenente que por sua vez parecia com um Sargento.

Quando José da Penha ainda era conhecido por zé da bala aconteceu um crime que mobilizou a policia potiguar no intuito de desvendar o caso e punir o assassino.

No entanto, a falta de vestígios muito dificultava o andamento das investigações. O delegado, Sargento Moacir, sem conseguir vislumbrar uma saída para o caso pede à secretaria estadual um investigador capaz de solucionar o imbróglio.

A autoridade policial pressionada pela opinião pública designa um famoso tenente, que, no momento seu nome não me vem à memória, para fazer diligências e inquirir os suspeitos.

Sargento Moacir era um homem forte, alentado, um tanto quanto volumoso. Já o Tenente era um homem de tamanho diminuto, fisicamente acanhado, pequenino.

Manoel Domingos era o primeiro suspeito por guardar forte aversão à vítima, mas este era um sujeito simples, homem da roça, ingênuo até. O Tenente, austero em sua técnica não considerou a simplicidade de Manoel Domingos intimimando-o para o interrogatório.

O investigado já conhecia Moacir por trabalhar em José da penha, mas nunca tinha visto o Tenente. Ao entrar na sala procurava pelo tal homem inflexível, mas não vislumbrava sua presença, não se contém e pergunta:

- Sargento Moacir, cadê o Tenente?

-Estás cego Manoel! o Tenente é esse homem aí a sua frente!!

-É esse homem aí? mas Moacir o tenente era pra ser o senhor que é um homão grande, forte. Esse homem aí era pra ser o Sargento!

O Tenente dispensou o interrogado e o caso nunca foi resolvido.

Olha o Lula indo...

Os meios de comunicação deste país trataram as viagens internacionais do presidente Lula com muita ironia e com fortes críticas. Todavia na iminência de sermos assaltados pela celerada crise que abate o mundo a partir dos Estados Unidos da América, percebemos a importância de tais viagens.

Pode-se dizer que o Brasil abandonou a dependência exclusiva que mantinha em relação aos países centrais quando fechou importantes acordos com países da Ásia, África e Oriente Médio.

O PT também criticou muito as viagens de FHC, mas é possível perceber uma tênue diferença entre as duas políticas. Enquanto Lula se empenhou em se entender com a periferia do mundo, o governo tucano preferiu fazer acordos, muitas vezes desvantajosos, com os países do centro.

Assim, pelo menos por enquanto, o Brasil atravessa tranquilo o inquieto mar que abate o ânimo do grande capital.

Cinema

O cine poucas, porém boas indica com entusiasmo a película A vida dos outros que trata sobre um inexorável agente de espionagem da Alemanha Oriental. Incumbido de vigiar os passos de um escritor acaba se encantando pela sua personalidade e o ajuda a escapar da pesada mão de ferro da ditadura do proletariado durante a guerra fria.

Retrospectiva II

Selecionei rapidamente algumas das publicações ao longo de 2008 para publicar no dia de hoje, haja vista a falta de criatividade que me abate devido uma indisposição causada pelo consumo etílico durante o reveillon:

De acordo com a carta Magna deste país, para se criar um municipio se faz necessário o preenchimento de certos requisitos como lei estadual, lei federal e estudo de viabilidade economica. Entretanto, na Bahia foi instituído há pouco tempo o município chamado de Luiz Eduardo Magalhães, sob as bençãos do outrora "babalorixá" ACM.

Até aqui nada demais, não fosse o fato de ter sido criado o municipio em tela sem que tivesse sido preenchido nenhum dos três requisitos constitucionais necessários para a concretização legal de um município.Conhecendo a politica nacional, não se pode admirar coisa tão pequena nessa enorme sucupira que é o Brasil.

Todavia o que me deixou estupefato foi o STF ter entendido que, apesar de não atender os preceitos legais o municipio deveria ser mantido em nome da segurança jurídica. Em minha extensa ignorância não pude deixar de perceber um detalhe. Essa decisão, certamente, gerará muito mais insegurança do que se tivesse sido abolido o municipio, já que abriu precedente para que outros fossem criados da mesma forma, outra coisa que me pertuba é o fato do estudo de viabilidade. O que acontecerá se o estudo descobrir que o tal municipio não tem condições suficientes para se manter? vão recebê-lo mesmo assim? ou de nada adiantará o pensamento do supremo sobre a segurança?

Que iemanjá me perdoe, mas o que gera realmente insegurança jurídica neste país são decisões como estas que mais parecem tomadas para agradar alguém do que em nome do bem comum.

Retrospectiva 2008

1 O direito brasileiro é oriundo do romano, tal direto era baseado principalmente nos costumes, viviam sujeitos ao humor dos pretores, cansados os plebeus exigiram leis escritas, normas publicadas e afixadas para que todos soubessem e que as penas fossem aplicadas com conhecimento prévio de todos. Daí surgiu a famosa lei das XII tábuas.

Muito tem se discutido atualmente acerca da aplicação do direito. Pode o direito ser aplicado genericamente pelo juiz? podem os principios constitucionais sujeitos a interpretação subjetiva do juiz ser a fonte primordial do direito? pode a jurisdição enfraquecer a vontade legislativa? Sobre este tema muito difícil dedicarei esta singela postagem.

O marquês de Beccaria publicou em 1764 a obra dos delitos e das penas insurgindo-se entre outras coisas contra a possibilidade de o juiz instituir a pena que bem entender:"nada mais perigoso do que o axioma comum de que é preciso consultar o espirito das leis. veriamos, assim, a sorte de um cidadão mudar a face ao passar de um tribunal para outro, e a vida dos infelizes estaria à mercer de um falso raciocínio ou mau humor de um juiz".

Pode ser perigoso deixar sem critério a liberdade de decisão do juiz, algum ocupante da magistratura pode não estar preparado suficientemente ao ponto de se achar um semideus, como aconteceu há poucos meses em uma sentença proferida por uma juiza paraibana:“a liberdade de decisão e a consciência interior situam o juiz dentro do mundo, em um lugar especial que o converte em um ser absoluto e incomparavelmente superior a qualquer outro ser material”.

Não obstante, a lei escrita é também carregada de preconceito já que elaborada pelos legisladores podem conter em seu DNA a personalidade de quem a produziu, como brilhantemente explica Montesquieu em seu livro do espirito das leis:"as leis encontram em seu caminho as paixões dos legisladores. Algumas vezes. elas passam através deles e tingem-se com suas cores; outras vezes ficam juntos deles e a eles se incorporam".

É sem dúvida muito dificil encontrar um ponto de equilibrio. São Paulo, disse certa vez que a letra mata e o espirito vivifica. outro ponto contrário ao formalismo kelseniano que posso citar para ilustrar essa simples exposição ocorreu na região do alto oeste potiguar quando uma juiza negou pedido do ministério público para exonerar familiares de prefeitos desta região por não encontrar no ordenamento texto expresso que condene a pratica do nepotismo, quando os principios constitucionais da moralidade e da impessolidade são tão clarividentes. Quando o imbróglio chegou ao STF foi, finalmente, entendido que não havia necessidade de lei expressa, bastavam os princípios.

O que se deve fazer? será mais justo a supremacia jurisdicional ou a anulação da aplicação genérica da lei? quem souber a resposta será indicado ao prêmio nobel.