Lugar de mulher é na cozinha

Até mesmo filósofos eruditos como Platão e Aristóteles acreditavam na inferioridade física e espiritual da mulher em relação ao homem. O segundo, inclusive, afirmava que a fêmea é fêmea em virtude de certas faltas de qualidade. Um dos homens de espírito mais elevado da história, como foi Rosseau, imaginou a mulher como um ser destinado ao matrimônio.

Rivadavel Fontes sempre desconfiou da evolução do sexo frágil no seio da sociedade. Para ele a mulher tinha papel primordial no lar, nos cuidados da casa e da família. Esses princípios machistas foram cultivados durante a sua vida em uma sociedade quase medieval que habitava os sertões potiguares, era um conceito imutável em sua concepção.

Certa vez, sem consultar ninguém da família resolveu vender um cavalo pelo qual todos tinham grande apreço devido a sua mansidão e disposição nas pelejas da roça.

O comprador, chegou logo cedo procurando pelo o dono da casa. Raimunda, mulher de davel (como era conhecido), ouvia da cozinha muito entristecida a negociação. Davel entusiasmado contava sobre as qualidades do animal e quando o comprador perguntara o preço…

-Davel, homem, num venda esse cavalo não!

Era Raimunda, se entrometendo num negócio do marido.

Aquilo foi uma afronta, o sangue subiu à cabeça, Davel ficou vermelho, olhou pro comprador e disse:

-Homem, sabe duma coisa, leve esse cavalo daqui, num custa nada, leve, leve logo, suma daqui com ele.

E nessa toada é fácil compreender que mesmo diante dos grandes avanços pelos quais a nossa sociedade passou nos últimos tempos em relação a inclusão da mulher no mercado de trabalho, na política nas artes e em outros meios, muito caminho ainda há para ser percorrido.

FINECAP 2009

A tradicional feira de negócios do Alto-oeste potiguar passa, sem dúvidas, pela sua melhor fase. Nunca a FINECAP foi tão organizada, com tantas atrações e empreendedores interessados em expor suas marcas ao concorrido mercado consumidor de nossa região, além da presença em massa da população local.

Não resta dúvidas que o prefeito Leonardo Rêgo é um exímio administrador, todavia, podemos apontar ainda como determinante fator na consecução do sucesso da feira deste ano a disponibilidade do governo Federal em patrocinar o evento além do notável desenvolvimento social e econômico pelo qual tem passado a região.

Deveras os créditos do evento torna-se prodigioso devem ser depositados na conta da administração municipal, porém sem esquecer jamais a parte que toca ao governo Lula na atenção que tem dado ao principio da isonomia que busca acabar com as desigualdades regionais investindo nos interiores do Brasil e Pau dos Ferros tem sido testemunha disso no que diz respeito à quantidade de recursos que vem sendo empregados aqui.

Os preconceitos e os estereótipos

Todos temos preconceitos, variamos apenas em relação ao grau de intensidade deles. Até mesmo os que se imaginam despidos de sentimentos desfavoráveis os têm algumas vezes, hipocrisia seria nega-los

As opiniões se formam ao longo das nossas vidas, de acordo com a cultura que nos é transmitida por nossos familiares e pela convivência social.

Neste escopo, cumpre-me acrescentar essa pequena narração: Não faz muito, um senhor vitimado por um neoplasma em sua face adentrou o meu humilde recinto laboral no momento em que duas crianças encontravam-se no mesmo local.

Admiradas o apontavam e faziam conjeturas sobre quem seria e o que teria ocasionado aquilo.

Aquele homem para salvaguardar sua deteriorada imagem física usava um capuz (tal qual aqueles utilizados pelos torcedores do Corinthians, mas por favor, não entendam isso como preconceito). Ao perceber o acessório que cobria a cabeça do homem proferiu com a discriminação típica de um nazista:

- Ele parece um ladrão.