Luz da justiça sobre a escuridão da arrogância

Muito me alegra a notícia que leio no blog conversa afiada de Paulo Henrique Amorim sobre a derrota sofrida por Gilmar Mendes na seara jurídica em ação que promovida pelo Ministro do Supremo contra jornalistas independentes. Com o espírito saciado recordo-me de um adágio que dizia que não há escuridão, por maior que seja, que a simples chama de uma vela não possa derrotá-la. Assim cumpro o agradável dever de colar a informação colhida do blog supramencionado:

O Juiz Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira, da 4ª. Vara da Justiça Federal de São Paulo, a pedido da procuradora federal Adriana Scordamaglia, arquivou ação criminal que o ex-presidente do Supremo, Gilmar Mendes, moveu contra este ordinário blogueiro e quatro jornalistas da IstoÉ.

Consultei o notável jornalista Mauro Santayana e ele me assegurou que nunca dantes na História deste país um Presidente do Supremo perdeu na Justiça criminal uma causa que tivesse movido contra jornalistas.

Ainda mais que o escritório que o defendeu, o de Sergio Bermudes, tem como “consultor geral” um ex-ministro e Presidente do Supremo, Sepúlveda Pertence.

Por que foi possível isso acontecer ?

Porque nunca dantes na História deste país houve um Presidente do Supremo como Gilmar Mendes.

Autoritário, prepotente, desmedido, consumido pela hubris.

Um Presidente Supremo que tentou governar o Executivo e o Legislativo e transformar o Conselho Nacional de Justiça numa corte privada para se vingar do corajoso Juiz Fausto De Sanctis.

Um Presidente do Supremo que chamou o Presidente da República “às falas”.

Que tentou dar, no PiG (*), um Golpe de Estado da Direita.

Que vai se inscrever na História da Justiça do Brasil como o Presidente do Supremo que, em 48 horas, deu dois HCs a um passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas.

Uma “acrobacia”, disse, com elegância, a Procuradora Scordamaglia.

Um Presidente do Supremo que tentou subjugar a Justiça e submetê-la a seus caprichos: intimidar jornalistas e calar a boca deles.

Um Presidente que se revestiu do uso Imperial do Poder.

O que significa essa derrota ?

Primeiro, ele e seus ilustres advogados foram obrigados a assistir, com humildade e atenção, a notável aula de Direito Constitucional da Procuradora Adriana Scordamaglia.

Segundo, ele e seus notáveis advogados tiveram que se submeter à decisão soberana de um Juiz Substituto de Primeira Instância, Dr Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira, que não se intimidou com um Supremo Presidente do Supremo, com um ex-presidente do Supremo, e um notável jurisconsulto da praça do Rio, advogado de primeira hora de Daniel Dantas.

A intimidação política e a arrogância do Poder se curvaram à Justiça.

Essa decisão tem dois desdobramentos notáveis.

Encoraja outros magistrados a enfrentar Dantas, seus poderosos advogados – e seus aliados.

Dantas não mete mais medo à Justiça.

Além disso, essa notável decisão reforça –“Não me calarão” – uma linha de decisões judiciais que marcarão, sem dúvida, a jurisprudência sobre a liberdade de expressão na internet.

E o pai fundador dessa doutrina – de que a Dra Scordamaglia é impecável seguidora – é o Ministro Carlos Ayres Britto, autor da máxima “a liberdade da internet é maior do que a liberdade de imprensa”.

Não bastam as leis emanadas do Legislativo.

A Primeira Emenda à Constituição americana – me ensinava o inesquecível Evandro Lins e Silva –, aquela que impede qualquer lei que ameace a liberdade de expressão, teve que ser ratificada, inúmeras vezes, na Justiça, especialmente na Corte Suprema.

A liberdade de expressão se assegura no Judiciário.

Ou como disse um amigo navegante deste ordinário blog, o Madeira:
Só existe jornalismo independente se houver um Poder Judiciário independente.

Paulo Henrique Amorim (e Madeira)


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da
Imprensa Golpista.

Primeiro fuxico da campanha

Um renomado cidadão pauferrense e que há muito observa a política local confidenciou a esse blog que Henrique havia cobrado de Nilton Figueirêido apoio a Garibaldi Alves e a conversa se procedeu mais ou menos assim:

- E Garibaldi?
- Não, em Garibaldi, não!
- Por que?
- Garibaldi foi determinante para minha derrota em Pau dos Ferros.
- ah, é?
- é
- Então não precisa votar em mim não.
- Tá bom.

Depois Nilton mandou recado para Henrique para que este respeitasse sua decisão.

Puxa! Outro amigo me disse que os apoios políticos em Pau dos Ferros estão sendo negociados por semana, ou seja, lideranças que até a semana passada apoiavam um Doutor pra deputado já estão apoiando outro e ninguém sabe com quem estarão até o final da campanha.

A ciência política não é a miséria do político



Muito me agrada o tema, todavia os políticos não coadunam com a grandeza que é essa ciência. Percebe-se claramente que nem mesmo aqueles que se prepararam a viva toda para alcançar o mais alto nível da política nacional conseguem estimá-la como, de fato, a ciência política merece.

As acusações de baixo nível protagonizadas nos últimos dias por Serra e seu vice, ìndio da Costa, com o desiderato de alcançar algum ganho eleitoral atribuindo fatos que não passam de meras ilações, provam que muitos não são dignos de galgar os pomposos salões da política verdadeiramente digna.

Teste de QI flamenguista

Os torcedores podem responder as alternativas da direita de acordo com o número do respectivo jogador da direita. Os vencedores receberão como brinde um final de semana no presídio oferecido por Glauber Ferreira.

Comunidades da internet incitam o ódio contra nordestinos

O Brasil é um país de proporções continentais, de rica diversidade cultural, multi-étnico e como corolário de toda essa miscigenação formou-se uma identidade cultural própria.

São Paulo reflete bem essa imensa colcha de retalhos que é esse nosso país. São Paulo é uma megalópole que acolhe todas as cores, raças e culturas que servem como fundamento à construção social daquela urbe.

Certa vez Eliane Catanhede afirmou que o PSDB é um partido de massa cheirosa( clique> ) deixando claro que existe uma massa fedorenta que não apóia o candidato de tal partido.

Esses sentimentos mesquinhos, muito embora se diga que o Brasil é um país tolerante, tem se disseminado com rapidez para tristeza das consciências lúcidas.

Eu odeio nordestino é uma das várias comunidades do orkut que incitam o ódio a este povo que só se distingue dos demais por historicamente ter sido preterido no cenário econômico nacional para o deleite da massa cheirosa que ocupava as terras mais ao sul do Equador.

Os membros da comunidade supracitada chamam os nordestinos de fedorentos, merdestinos, se excitam com o sofrimento destas pessoas seja pela seca, seja pela enchente e alguns chegam a desejar a morte destes em grandes desastres.

Tentam se esquivar da lei afirmando não tratar-se de nazismo ou racismo, mas apenas de desprezo pela cultura nordestina.

Jovens tolos, atribuem seu ódio à nossa cultura. Logo esta que tanto contribuiu para a história, para literatura, para música nacional.

Certamente imaturos por demais ainda não tiveram oportuinidade de ler Ariano Suassuna, Paulo Freire, Raquel de Queirós, Jorge Amado, João Cabral de Mello Neto, José de Alencar, Graciliano Ramos, José Lins do Rêgo, Ana Miranda, Antônio Gonçalves Dias, Gilberto Freyre, nunca ouviram falar na doce e empolgante escrita de Câmara Cascudo, tampouco conheceram as composições de Gonzaguinha, de tom Zé, de Gilberto Gil nem voz de Gal, Caetano e Maria Bethânia. Deveras não ouviram a voz grave e empolgante de Zé Ramalho e Fagner, nem conhecem os simples porém brilhantes versos de Otácilio Batista e Patativa do Assaré.

Portanto o desprezo não é pela nossa cultura que tanto contribuiu para a formação da identidade cultural brasileira, a discriminação contra nordestino faz parte de um gene arrogante e prepotente inerente à raça humana mas que se manifesta apenas nos espíritos fracassados e insolentes, como ocorreu com Hitler e o fez odiar raças que julgava inferior, o mesmo que se manifestou na África do Sul e implantou o apartheid humilhando e subjugando os negros.

O preconceito começa devagarinho quase como uma brincadeira e vai se arraigando e quando se percebe lança fogo contra o índio que dormia na rua, chuta o mendigo e cospe no bêbado, depois escraviza um povo e finalmente extermina uma nação.


Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...

E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...

Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...

Gonzaguinha

Viva a pluralidade

Marciel despertou do sono de Morfeu.

Hipnos é o Deus do sono na mitologia grega, filho da noite e de Erebo seu filho chamava-se Morfeu.

Conta a lenda que Hipnos vivia errante sobre a terra espalhando o sono, enquanto Morfeu distribuia os sonhos.

Junto à entrada da caverna onde vivia Hipnos crescia abundantemente papoulas em que a noite extraia o sono.

Marciel que andava hibernando depois que consumiu o suco do sono de Erebo e recebeu o abraço de Morfeu, de repente despertou como uma fênix e enviou dois seletos textos para publicação neste blog indigno de reproduzir tão elevada maestria. O primeiro em formato de imagem necessita ser clicado para visualização do texto. Boa leitura.

O conhecimento que transborda



CLIQUE NA IMAGEM PARA VISUALIZÁ-LA.

Minha cidade

“Minha cidade ... da fé que move o futuro ... essa cidade que só quer crescer e ser feliz”, assim se expressou o músico ao externar o seu amor e sua admiração por sua cidade. Não é a toa e sem fundamentação lógica e até mesmo jurídica que alguns pesquisadores questionam a existência dos Estados no pacto federativo instituído pela Constituição de 1988, in verbis:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Onde crescem nossas crianças? A fé que move a esperança de dias melhores baseia-se primordialmente nos atos dos gestores municipais ou dos estaduais? Quando torcemos, torcemos que nossa cidade cresça educada, feliz e em paz. Nossa esperança é que nossa cidade, ou seja, o lugar onde moramos, trabalhamos e estudamos, dentre tantas outras atividades que desenvolvemos cotidianamente, tenha ruas pavimentadas, limpas, com praças arborizadas, quadras de esportes e todos os entretenimentos que a municipalidade possa nos ofertar.
Queremos postos de saúde, creches, saneamento básico, escolas, universidades, cultura, enfim, tudo funcionando. E tudo funciona ou deve funcionar nos ambientes urbanos chamados de cidades. São as cidades que atendem nossas expectativas, nossos anseios e transformam o mundo, pois um mundo melhor, começa na “minha cidade”.
O objetivo não é desmerecer os entes federativos denominados Estados, mas justificar a figura dos Municípios, defender as cidades como espaços de crescimento econômico, político, cultural, educacional, profissional, social e espiritual.
Ninguém nega, ninguém pode negar que a Avenida da Independência mudou, melhorou, trouxe ares de metrópole, de uma cidade requintada, encorajada, disposta a crescer, viver melhor e ser feliz. Onde antes existia uma lagoa de dejetos, para onde convergiam esgotos a céu aberto, erigiu-se um local de lazer e entretenimento, ambiente familiar, onde os amigos se reúnem, eventos regionais justificam sua existência.
Visão, disposição e vontade de fazer são ingredientes indispensáveis para que possa se mudar a face de uma cidade. Visão, disposição e vontade de fazer de todos, todos aqueles que compram a idéia de que a nossa cidade pode e deve ser melhor. Não é mérito só dos governantes, mais de todos os habitantes das cidades.
Pau dos Ferros é um exemplo de que melhorar é possível, é bom, é salutar e dá prazer. Há, (e aqui se fala com razão e emoção, não só com emoção, mais também com emoção de quem ver o resultado dos desembolsos tributários da população, e com razão, galgada na academia (universidade) e na experiência omissiva da grande gama de gestores públicos desse país),gestores públicos que trabalham na perseguição de melhores condições de vida para a população, na busca da cidade maior, melhor e mais feliz.
Todos gostamos de ver, ouvir falar, comentar, “Pau dos Ferros melhorou”, “cresceu muito”, “esticou-se aos quatro cantos” e “os buracos de lama viraram praças”, diferentemente de outros comentários, tristes comentários, acerca de outras cidades: “Grossos vai se acabar, desaparecer do mapa”, “não há saúde, paz, a droga rouba a vida dos jovens”, “os bandidos estão mais armados do que a polícia”.
Minha cidade ... só quer crescer ... ser feliz.


Marciel Sales
Contador
Especialista em Gestão de Municípios

No llores por mi Argentina



Chegaram na Copa muito "estrelas"



Arrogantes como sempre



E esqueceram de um simples princípio



A soberba precede a queda.

Muito obrigado Alemanha por nos proporcionar o momento mais feliz dessa copa.