Um olhar sobre a coerência eleitoreira

Tenho ouvido alguns candidatos utilizarem a coerência como propaganda de seu projeto político. Mas será que se pode dar crédito para tal assertiva eleitoral?

Reparemos que José Agripino já apoiou e já foi apoiado por todos os seus adversários aqui no Estado, anos elogia, anos critica conforme balança o pêndulo dos seus objetivos eleitoreiros.

Senão, lancemos à baila o triste episódio da venda da COSERN em que Garibaldi queimou na fornalha de Nabucodonosor e quando o fogo baixou Agripino se converteu ao Deus de Garibaldi que se tornara o anjo que salvou Daniel da chama.

Raimundo Fernandes, filiado ao partido que está de cima, dança conforme a música toca, campanha ouvimos seus vivas, outras suas delações.

WIlma já beijou José Agripino, flertou com Garibaldi e agora namora com o PT.

Nesta pérfida selva, trinta moedas é até muito para o exército de políticos dispostos a representar Judas.

Que lástima mesmo, ainda há quem arrote coerência em seu discurso.

Até Serra quer garupa de Lula

Pois não é que José Serra está tentando montar na garupa do Lula, no programa eleitoral se mostrou ao lado de Lula enquanto esconde a imagem de FHC.

Agora quem não aceita a garupa do Lula é a imprensa que além de trazer "reportagens especias" em telejornais com o claro objetivo eleitoral está dando a entender que forja debates como ocorreu no da Folha/UOL onde pelo menos três dos escolhidos para fazer perguntas a Dilma eram ligados ao PSDB.

Para concluir este breve post gostaria de convidar a todos os qualificados leitores deste blog para abrilhantar o meu twitter com vossas magníficas presenças: www.twitter.com/adrianodeleca

A confortável garupa de Lula


Ué? cadê a foto do Serra no Material de Tasso?


De meu doce lar ouvi na noite de ontem belas frases trazidas pelo agradável vento do sertão oriundas de uma manifestação política que ocorria no chamado largo da rádio cultura. Discursava Nilton Figueiredo, Henrique Alves, Gustavo Fernandes...

Me impressionava entre as palavras a frequência em que aparecia o nome de Lula. Os elogios e a preocupação dos candidatos e lideranças em associar-se à imagem dele.

No debate da Band, até Rosalba usou o nome de Lula e nunca o de Serra, dizem que Artur Virgílio, desde Manaus, não toca no assunto eleição nacional e José Agripino ainda não se ouviu pronunciar uma crítica ao governo do presidente Lula.

Dizem que quando o barco afunda os ratos são os primeiros a abandoná-lo e não sei se isso é verdade na prática, mas na política essa frase vem se consolidando muito bem.

Não obstante Serra ter criticado a carona que Dilma pegou na garupa de Lula no JN esqueceu de combinar com sua trupe e acabou que todo mundo tá atrás de subir no bagageiro do Presidente seja explicitamente, seja escondendo que é adversário dele, por isso na internet já começou a campanha: SAI DA CAIXA JOSÉ AGRIPINO, ASSUMA SUA POSIÇÃO.

A ética do jornalismo e o espírito da grande mídia.

Peço licença a Max weber para parodiar sua famosa obra em uma postagem tão desprestigiada quanto esta. No entanto me sinto no dever de criticar tal ciência por um fato muito simples, qual seja, a impossibilidade da utilização da ética profissional enquanto perdurar a grande mídia nas mãos do capital e sua luta desenfreada pela lucro.

Clarividente que os interesses dos políticos, grupos oligárquicos e investidores que comandam os meios de comunicação quase nunca se coadunam com interesses sociais ou nacionais.

A procura pelo lucro muitas vezes se distancia do escrúpulo o que acaba tornando o jornalismo uma ciência em vão, ou seja, fazer o simples desejo do patrão qualquer um faz, não precisa de diploma e faculdade para bajular a vontade alheia.

A política de concessão utilizada no Brasil é um claro sinal de interesse particular que sobrepõe o interesse público e o que mais impressiona é que talvez os canais televisos entregues a amigos e aliados dos generais durante a ditadura militar são as mais bem protegidas instituições democráticas. Sob a égide da Constitução Federal os meios de comunicação cometem todos os abusos e invocam o protetor escudo da liberdade de expressão e da democracia contra quem ousa denunciar seus excessos.

Há poucos dias, o candidato a presidente José Serra falou meio abusado e quando o repórter avisou que era da globo ele pediu desculpas. Em agradecimento foi agraciado com um doce perdoe-me de Wiliiam Bonner durante entrevista ao JN.

A série de entrevistas do JN esta semana foi tão descarada que até mesmo Roberto Jefferson escreveu no seu Twitter que Serra foi protegido pela globo.

É impressionante o quanto a nossa imprensa já se envolveu em corrupção, golpe, manipulação, mentiras e escândalos.

Desta forma comungo minha desprezível opinião com a de Mino Carta em frase infra, o qual acredito ser um dos raros remanescentes de um verdadeiro jornalismo que se contrapõe a hipocrisia, aos vícios da profissão e aos prazeres do sujo quinhão da manipulação em detrimento da dignidade, da honra e da moral:

“A rapaziada não se dá ao respeito. Quem sabe haja quem se incomoda ao perceber que nos enxergam como malta de idiotas. Esta visão da platéia é própria, aliás, dos jornalistas nativos e seus patrões. Será que não usam na medição o metro recomendável para medir a si mesmos ?”

Refletir sobre o paradigma da sociedade capitalista

Não faz muito tempo havia uma coisa que me encantava entre os provicianos costumes da terra em que fui arraigado, quando o modo de vida hodierno ainda não influenciava tanto na cultura do curiboca.

Acordar as quatro da manhã era pra mim um salutar e prazeroso exercício. Com meu sábio pai descíamos pela rua prefeito Francisco Fontes, cruzavamos à atual rua Evaristo Fontes e a rua Manoel Ferreira Fontes e chegavamos ao mercado público onde se encontrava o café de Titica de Chico Abá.

Enquanto meu pai conversava e tomava café eu o observava saboreando um delicioso bolo de milho. Quando chegavamos já havia muitas pessoas deliberando de uma maneira esplendidamente harmônica sobre os mais variados temas. Tratava-se de uma confraternização saudável e amistosa tal qual irmãos em almoço de domingo na casa dos pais.

Aquilo causava arroubo aos meus inocentes olhos, um deslumbramento lírico que até hoje me traz grandes recordações de minha infância.

Porém, por imposição do atual modelo de sociedade moderna capitalista já não há mais espaço para os abraços, os sorrisos, as confraternizações, as convenções, as amizades e muito menos para o Café de Titica de Chico Abá que fechou depois que o sinal da globo chegou em José da Penha. Hoje tudo é mecanizado, digitalizado até mesmo os relacionamentos.

Sobre a chegada desse tempo escreveu Paulo a Timóteo: Saiba Porém que nos últimos tempos haverá momentos difíceis. Os homens serão egoístas, gananciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais ingratos, iníquos, sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatudos, mais amigos dos prazeres do que de Deus, manterão aparência de piedades, mas negarão a sua força interior.

As oligarquias que apoiam seus pés imundos nas espáduas do povo.

No princípio era Geisel e Geisel nomeou Golbery do Couto e Silva que nomeou Tarcísio Maia para governador do Rio Grande do Norte que em 1979 foi sucedido providencialmente por seu primo Lavoisier Maia.

Lavoisier indica para assumir o cargo de prefeito do Natal o filho de Tarcisío Maia, José Agripino Maia, que em 1982 beneficiado pelo voto camarão se torna governador do estado.

Lavoisier se casa com Vilma e gera Márcia e Lauro Maia, atualmente deputada e ele candidato a deputado estadual, Vilma ex-governadora e candidata a uma vaga no senado, enquanto Lavoisier é deputado estadual.

Para eleger Wilma prefeita de Natal José Agripino protagonizou o episódio conhecido como rabo de palha que segundo o blog do sindicato dos bancários de brasilia (www.bancariosdf.com.br) se deu da seguinte forma:

"José Agripino Maia toma posse em 15 de março de 1983 e, dali a dois anos, será flagrado numa reunião com auxiliares e 120 prfeitos, acertando o que constituiria a maior fraude elitoral da história do Rio Grande do Norte.

Dessa vez, José Agripino queria eleger prefeita de Natal sua secretaria de Promoção Social, Wilma Maia, em 1985. Tinham como adversário o deputado estadual Garibaldi Alves Filho (PMDB), sobrinho de Aluízio e hoje presidente do Senado. O plano foi todo armado em quatro reuniões, no Centro de Convenções, Zona Sul de Natal.

José Agripino simplesmente instruiu os prefeitos a comprar títulos eleitorais, distribuir presentes, incentivar tumultos nos processos de votação e apuração e, ainda, usa veículos oficiais com placas frias para transportar eleitores do interior para a capital. O caso ficou conhecido como Escândalo Rabo-de-Palha, rótulo fornecido pelo próprio José Agripino, que ao final de uma reunião pediu:

- Não podemos deixar rabo-de-palha.

Caros Amigos reproduz aqui parte da conversa. Laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, diz que a voz é do governador.

José Agripino -Os pobres estão indecisos. É em cima desse povo que você tem que atuar. Com uma feirazinha, com um enxoval, com umas coisinhas".


José Agripino se envolveu também em outros escândalos como os relacionados ao ganhe JÁ.

José Agripino gerou ainda Felipe Maia que é deputado Federal e candidato a reeleição.

Para não tornar o texto prolixo é necessário apenas dizer que esse grupo político acima citado faz parte do mesmo clã oligárquico que impera soberano sobre Mossoró há vários anos.

A oligarquia Alves fica para uma próxima ocasião, porém para concluir esse pobre texto feita nas coxas resta apenas a moral da história, ou seja, a nota indignada do blog:

Que povo besta é esse que fica segurando cartaz e correndo atrás desse pessoal que faz da política um feudo graças a esses ignorantes vassalos.

Rapidinhas

I- O eixo do mal

Quando George Bush chamou a Coréia do Norte e o Irã de eixo do mal, certamente não conhecia a assustadora sociedade que se lançou pelas áridas terras do alto-oeste potiguar durante o início desta semana.

II- O "coroné" e o jatinho

A declaração de bens de senador Tasso Jereissati à justiça eleitoral corresponde a R$ 63.537.081,27 no entanto não aparece na lista o jatinho que foi iluminado durante aquela famosa briga com Renan Calheiros no plenário do senado. Tasso dizia: "é meu, o jato é meu"