Mosaico histórico sobre as relações entre homens e mulheres.

I-Pigmalião era um rei e escultor grego que vivia na ilha de Chipre, guardava enorme aversão às mulheres. Acreditava que a mulher levava o homem à ruina, só era livre enquanto vivesse sozinho. A mulher estava para o homem assim como um parasita para seu hospedeiro.

A arte de Pigmalião era perfeita, sua fama era formidável, sua presteza era descomunal. Tomado por uma grande inspiração, o rei grego começou a esculpir a mais bela obra que sua capacidade engendrou.

Quase que despretenciosamente foi surgindo de seu cinzel uma perfeita mulher de mármore.

Findada sua obra, Pigmalião contemplou-a extasiadamente e acabou se apaixonando por aquela que chamou de Galatéa.

Beijava os seus frios lábios, abraçava seu corpo híspido esperando uma refutação do calcário metamorfizado.

Restou implorar a Afrodite para fazer brotar vida da inanimada e bela pedra.

Satisfeito o desejo de Pigmalião, não se ouviu mais falar dele, não produziu mais suas obras, não apareceu mais nos eventos gregos, enfim, foi consumido pela ardente paixão que sentiu por Galatéa e nunca mais apreciou outra coisa senão a beleza de sua mulher.

II-Quando os Judeus eram dominados pelos Filisteus, surgiu de uma promessa de Javé um forte guerreiro chamado de Sansão. Imbatível com sua força incomum era temido pelos algozes do seu povo.

Encantou-se pela jovem e bela Dalila que o inquiriu até descobrir que a sua força vinha do seu comprido cabelo. Quando dormiu teve suas madeixas cortadas pela traidora por quem se apaixonou e quando os Filisteus o acordaram já não tinha forças para vencer seus inimigos.

Sansão teve os olhos furados e apesar de ter cumprido o propósito de Deus acabou morto.

III- Não podia haver mulher mais bela emais desejada do que Helena, sua beleza era divina, um anjo esculpido por Deus, casou-se com Menelau rei de Esparta.

Páris, príncipe de Tróia, embevecido com a harmônica proporção estética de Helena, foi absolvido por um amor desmedido.

Sem remédio para curar a forte atração que o dominava acabou rapitando Helena. Levou-a até a cidade de Tróia, certo de estar protegido pelos intranponíveis muros da cidade localizada na Anatólia. A paixão de Páris por Helena foi a ruína de tróia, foi o fim de um próspero reinado.

IV- Justiniano foi o último grande imperador romano, dedicado as artes e as ciências, responsável pelo famoso corpus jures civilis.

Na arte do amor, certamente, foi muito feliz. Casou-se com Teodora uma bela e ambiciosa mulher que foi arrancada de um antro de perdição pelo imperador. A ela, Justiniano deve o trono, haja vista que na revolta de Nike, o imperador encontrando-se perdido preparou-se para fugir e abandonar o reino e quando estava tudo pronto para fuga ouviu de Teodora: "Vai César, se queres fugir. Os navios te esperam. Eu fico. A púrpura é bela mortalha para imperatriz de Bizâncio".´Justiniano, introspectivamente, buscou no mais profundo íntimo de seu espírito forças suficientes para continuar na batalha depois que percebeu sua pequenês em relação a Teodora.

2 comentários:

Unknown disse...

Adriano, dediquei tempo a meditar sobre a verdade exarada nesta magnifica publicação que só poderia emanar da vossa salutar sabedoria. Fiquei preso no fundo da agulha ao tentar descubrir a fonte da inspiração. Não tenho certeza mais acredito que a mesma deve-se em parte ao nosso amigo Glauber, fato este justificável pela sua abstração das outras coisas materiais e a dedicação desenfreada às publicações femininas, como verifica-se nas publicações do blog expliqueisso.

Gláuber disse...

A mulher é digna de tudo! Apenas se acautele à ruína.