Não podia haver menino mais irrequieto do que César, não tinha quem aguentasse a indisciplina do rapazote.
Sua mãe, Rita, era um doce de pessoa, muito meiga, mas tinha um defeito, protegia demais o filho, mesmo sabendo que César era um menino travesso.
Rita tinha um café no mercado público de onde sustentava com dificuldade a família, Chico Ferreira, seu marido ajudava no comércio, mas preferia mesmo a agricultura.
Ivanilson era sobrinho de Chico Ferreira, mas não confiava em César, não o via com bons olhos por conta de sua astúcia.
A luz desligava as nove da noite e Ivanilson e mais dois amigos observavam César em dos seus poucos momentos de tranquilidade quando o funconário da prefeitura interrompeu o motor que gerava energia.
Aproveitando a escuridão tramaram um plano quase maquiavélico, aproximaram do indivíduo e cobriram-no de cocorotes até a vítima começar a chorar.
Consolidada a primeira parte da trama cingiram o mercado e rapidamente entraram no café de Rita.
- Rita, bote três doces de leite.
Chico Ferreira ouviu ao longe o bramido de César e foi verificar. Quando voltou disse a Rita que cesár levara uma sova. Ivanilson não se conteve e indignado tal qual um héroi que se levanta imponente disse vigorosamente:
- O quê? bateram no meu primo? eu não admito um negócio desse não! cobre a conta aqui tia Rita que eu vou atrás desse covarde.
-Não meu filho, precisa pagar não, tá bom, basta sua solidariedade.
E foi assim que terminou o plano perfeito.
Concluamos com essa pequena observação que não passa de uma insignificante homenagem. O amor de Rita por César era tão grande que essa história só pôde ser contada depois de sua partida para o campo Santo. Que Deus a tenha e que recompense o seu infinito amor de mãe.
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