Boca fechada...

Muitas vezes somos tentados -tal qual Eva o foi quando habitava o jardim do Éden- a comentar sobre assuntos pelos quais não dominamos.

Tal fato não ocorre apenas em blogs desavisados como esse, até mesmo colunistas renomados cometem gafes extraordinárias nos mais diversos periódicos mundo a fora.

Na arte não é diferente. Um cantador de viola foi pego de surpresa durante um festival no vizinho município de São Francisco do Oeste quando foi sorteado para versar seu repente sobre o dócil colibri.

Não seria problema para um repentista cantar sobre os segredos de uma ave tão conhecida não fosse o fato de ele não saber o significado da palavra colibri.

Quanto mais dedilhava sua viola para começar o tema mais se complicava, suado e com aspecto espantado teria que dar saída, mas não sabia o que fazer.

O público começou a perceber a se exasperar e quando tudo parecia perdido surgiu a esperada estrofe:

Imagine o colibri
no acero duma broca
fumando no seu cachimbo
sentado numa taboca
com as orelhas: baco-baco
espantando as muriçoca

1 comentários:

Unknown disse...

Caro amigo, sei que és poeta, e por sinal dos melhores, numa dessas empreitas descubrirás tua aurora.


Marciel Sales