Pedro da lajes rouba mulher de Dedé palha.

Dedé Palha era um sujeito mal definido esteticamente, muito miúdo e acanhado mais parecia uma caricatura do que um homem. Casou-se com uma moça relativamente bonita, calada e boa dona de casa.

Nos primeiros anos viveram sob paz conjugal, mas nos últimos dias Dedé enveredara pelo mundo da cachaça e se distanciara do casamento. Maria começou a sentir a falta do marido nas obrigações matrimoniais.

Pedro das lajes, percebendo o vácuo deixado por Dedé, se aproxima da mulher fazendo elogios e se gabando dos seus carinhos. Com alguma insistência (mas não muita), conquista a carente esposa de um marido distante.

Com o rapto de Maria, Dedé fica sozinho, desolado, apreensivo, introspectivo repensando sua vida.

No domingo de manhã se levanta decidido, toma um café forte, se veste e sai em passos rápidos à casa de Pedro das Lajes. Se aproxima, percebe a porta aberta e seu rival cochilando na cadeira preguiçosa da sala.

Adentra sem permissão. Pedro se acorda assustado quando percebe aquele vulto à sua frente e de repente...

-Pedro, você carregou minha 'muié', eu fiquei sozinho, num tenho mais o que fazer com aquela cama de casal. Me compre a cama!

1 comentários:

Gláuber disse...

nota 1000, DEMAIS, DEMAIS, FANTÁSTICO TEXTO.

As melhores partes foram: "Com o rapto de Maria, Dedé fica sozinho, desolado, apreensivo, intropectivo repensando sua vida."

e "-Pedro, você carregou minha 'muié', eu fiquei sozinho, num tenho mais o que fazer com aquela cama de casal. Me compre a cama!"

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