A igreja católica, não obstante algumas declarações de apreço, acusou por vezes José Saramago de marxista, como se tal doutrina contrariasse os preceitos cristãos ou a moral humanista.
Nas tábuas da lei que Moisés recebeu não constava nenhum mandamento que proibisse a cartilha marxista ou a distribuição de renda.
O que conta é que historicamente a instituição que se diz fundametada na pedra que Jesus confiou a Pedro nada mais é do que uma mutação oportunista com objetivo de preservar os últimos resquícios do império romano.
A igreja da qual falamos, em regra, sempre foi cúmplice dos poderes inescrupulosamente constituídos e ao longo de toda essa obscura trajetória histórica se posicionou quase sempre ao lado mais abastado, mais cômodo.
Jesus com sua sabedoria e educação bem que poderia ter escolhida pregar nos confortáveis palácios, porém preferiu sentar ao lado de rudes pescadores durante a ceia.
Judas vendeu Jesus por trinta moedas baseado no princípio capitalista da competitividade e acumulação de riquezas.
O livro sagrado, contrariando preceitos capitalistas diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
E quando o capitalista perguntou a Jesus o que necessataria para obter a salvação, o mestre aliado a uma filosofia absolutamente oposta ao pensamento mercadológico disse "vendes tudo e dá aos pobres".
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