Irmão Josué planejava um futuro melhor pra sua porca.

Irmão Josué brotou no seio da doutrina evangélica, sempre levou sua vida de forma regrada, mas apesar de bom convívio social dentro da igreja nunca foi muito afeito as convenções externas.

Diante da necessidade de se libertar de seus limites socias resolveu sair do seu sítio e ir morar na cidade de Alexandria.

Trouxe consigo sua porca de estimação chamada Chica por quem nutria grande estima. Chica o seguia para todos os lugares.

Um certo comerciante admirado com a beleza do animal recomendou a Josué que botasse o animal no banco.

Na realidade tudo isso ocorreu durante o governo Sarney quando a inflação batia índices altíssimos e de de grande investimento seria utilizar o dinheiro da venda da porca na caderneta de poupança.

Todavia, no auge de sua inocência irmão Josué acordou cedo numa segunda feira, botou uma cuia de milho para chica, se arrumou com seu melhor traje e partiu para o Banco do Brasil no centro da cidade.

Naquela época não havia porta giratória e Josué adentrou à instituição acompanhado por seu tenro animal.

- O senhor é o gerente?
- Sou eu sim
- Tá vendo esta porca aqui?
- Claro!
- Sabe o que é seu doutor? eu vim botar essa porca no Banco.
- Meu amigo, você tá achando que o meu banco é chiqueiro, suma daqui com esse bicho.

Josué ficou cada vez mais convencido que passaria melhor distanciando-se das convenções sociais fora da sua igreja.

Em relação a porquinha, Josué que pensava em um futuro melhor pra ela se fosse viver no banco, acabou sendo sacrificada durante uma festa de sua família.

0 comentários: