Tudo indica que Lina está mentindo.

Há alguns dias tenho me esquivado de escrever sobre política, mesmo com toda essa hecatombe que a classe vem passando. No entanto algumas notícias devem, realmente, ser compartilhadas com os leitores que toleram este irrisório blog.

Na verdade, o ônus da prova cabe a quem acusa e parte da imprensa ainda não descobriu esse princípio, não obstante a divulgação por parte do Gabinete de segurança institucional de que não houve registro de entrada de Lina Vieira na Casa Civil durante os meses de novembro e dezembro de 2008.

Informação importante que vem sendo divulgada aos poucos é a de que Alexandre Firmino, Marido de Lina Vieira, trabalhou para alguns políticos potiguares durante as últimas campanhas eleitorais entre eles: Felipe Maia e Rosalba Ciarlini. Outro fato relevante diz respeito a Alexandre ter sido ministro interino do governo FHC conforme divulgou o blog de Helena Sthepanowitz:

Iraneth Maria Dias Weiler, a chefe de gabinete de Lina Vieira, aparece no TSE como doadora da campanha de Fernando Henrique Cardoso para presidente da República em 1998

O marido de Lina Vieira, Alexandre Firmino. É sócio da agência de publicidade Dois.A, de Natal.Um de seus sócios é o sobrinho de Garibaldi alves. A agência de publicidade, Dois,do marido de Lina Vieira realizou campanhas para o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Alexandre Firmino é um homem milionário. Ele é um dos donos da maior gráfica do RN, um de seus hobbies é colecionar canetas Mon blanc. Dizem em RN, que ele ficou rico quando integrou o ministério da integração, no governo do Fernando Henrique Cardoso(PSDB).

Quem leu entrevista de Lina Vieira à "Tribuna do Norte", em que condena a falta de punição aos que enriquecem por meio da corrupção, ficou com a impressão de que a ex-titular da Receita será mais uma técnica a abraçar a política em 2010.



A revista Época já descobriu que Lina deve mesmo está mentindo e divulgou em sua última edição:

Em seis horas de depoimento, Lina confirmou o que dissera na semana anterior ao jornal Folha de S.Paulo. Descreveu um encontro no Palácio do Planalto, onde Dilma teria lhe pedido para “agilizar” as investigações do Fisco contra empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mas Lina Vieira não apresentou dados novos capazes de comprovar a reunião. Não foi, portanto, capaz de desmentir a versão de Dilma, que, desde o início, nega ter se encontrado com Lina no Planalto. É fato que uma das duas está mentindo. Mas o ônus de apresentar provas cabe a quem acusa.

Lina não levou uma agenda em que pudesse ter registrado o compromisso. Não apresentou testemunha direta da conversa. No início, disse que foi um diálogo normal, no qual nem sequer se sentiu pressionada. “A ministra me disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar”, afirmou. No mesmo depoimento, porém, disse que achava o pedido de Dilma “incabível”.

Indicado como possível testemunha de sua ida ao Planalto, o motorista que costumava atender Lina deu uma entrevista dizendo que não sabia de nada. Em conversas informais com senadores, Lina Vieira identificou o dia 19 de dezembro de 2008 como a data provável do encontro. Mas informações oficiais revelam que as duas não poderiam ter se encontrado nessa data. No dia 19 de dezembro, Dilma passou a manhã em reunião do Conselho de Administração da Petrobras. À tarde, Lina estava em Natal, onde mora, a serviço.

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