Macaxeira boa.

Benedito Pelado que, deveras, andava muito bem vestido, há muito reclamava das ouças, mas disfarçava o problema para que não lhe atribuissem tal tormento à idade.

Sujeito da roça, porém sempre muito vaidoso dentro de suas possibilidades, casado com uma senhora bem distinta chamada de Rita Camélia que muito se orgulhava do marido.

Benedito fazia de tudo pra ninguém perceber e muitas vezes respondia uma coisa diversa da que lhe fora perguntada.

Na colheita da mandioca estava Benedito no seu quintal a labutar resignado quando seu compadre Joaquim da Amexeira o cumprimenta com alegria.

- Cumpadre, tudo bom?

- Ôpa, cumpade. Tô pelejando muito.

Joaquim insatisfeito com a conversa que teria sido quase um monólogo, continua:

- Como é que tá a Cumadre?

- Tá muito boa não, mas tá dando pra comer!

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