Pra não dizer de novo.

A palestra mais eloquente durante o congresso internacional de direito constitucional que ocorreu no último fim de semana em Natal foi a de Daniel Sarmento Procurador Regional da República.

"Não há como fazer reformas sociais com firmeza se não se atacar a propriedade e outros direitos adquiridos pela classe mais abastada".

Para o excelente doutrinador o Brasil é o país do: Você sabe com quem está falando?
e devido a esse paradigma se torna tão difícil implementar na prática os direitos inerentes a todo ser humano.

Na constituição de 1824 é possível encontrar dispositivos acerca da liberdade e da igualdade, não obstante nada se falava sobre a escravidão que tanto humilhava e reduzia os homens. A mesma constituição que rezava sobre o voto universal não havia nada sobre o impedimento do sufrágio feminino.

Com efeito, os pobres e as minorias nunca tiveram acesso aos benefícios da lei, enquanto os ricos sempre transpuseram seus limites.

Como se não bastasse essa desigualdade econômica existe ainda uma desigualdade propositada no âmbito social. Usando uma frase de Hegel versando sobre isso: "o que nós somos é, em boa parte, produto do olhar que os outros laçam sobre nós".

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