Morte

A morte é uma das incógnitas que mais afligem os filosófos e poetas desde que existe civilização. Cada cultura com sua mitologia própria explica de alguma forma esse fato que ainda amedronta os corações de algumas pessoas.

Pitágoras e Platão acreditavam no fim da matéria e continuação do espírito para um julgamento futuro e por isso há quem imagine o cristianismo a partir da filosofia grega. O filosófo Francês Sartre acreditava em uma única existência, assim o nascimento é o início e a morte é o fim de tudo. Os hinduistas, espíritas e budistas acreditam que existe reencarnação ou transmigração, os primeiros, por exemplo, imaginam que um homem pode reencarnar até mesmo no corpo de um animal.

Os poetas populares sempre foram fascinados pelos segredos da morte, Patativa do Assaré não escondia seu medo encontrar-se com o termo.

Morte você é valente
O seu desgosto é profundo
Quando cheguei neste mundo
Você já matava gente
Eu guardei na minha mente
Sua força, seu vigor
porém me faça um favor
Para eu ir ao capo santo
Não me deixe sofrer tanto
morte me mate sem dor

O poeta Palacinho produziu um verso sobre a morte, exaltando aos que por ela foram levados:

Um dia pela tardinha
você matou o infeliz
Nêgo véio de mestre'assiz'
José Ferreira e chiquinha
Um grande amigo que eu tinha
Toinho de Eusébio Libano
se não foi o soberano
diga quem foi que 'mandô'
você matar Zé popô
e o véio Chico Adriano

Antônio de Bisé deixou registrado dias antes de morrer a seguinte poesia

Percorri todo país
atrás da felicidade
mas só vi desigualdade
eu preciso ser feliz
não fui eu quem assim quis
em toda minha missão
quero em outra encarnação
quando um dia acontecer
espero quando eu morrer
Deus me dê a Salvação

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