Pau dos Ferros para onde vais?

Assisti recentemente numa emissora regional de televisão uma entrevista do Prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego, o qual, metricamente, destacava as potencialidades do município, como pólo regional e centro de convergência para as demais cidades do alto oeste potiguar.

Confesso que fiquei admirado, não pelo fato de ser o Prefeito um exímio administrador, bom orador e afins, nem ao menos pelo fato de estar na TV, mais pelo fato de que por meio de um prescrutamento até despretensioso concluirmos que havia uma verdade concreta no que atine as potencialidades deste município.

O cenário urbano de Pau dos Ferros altera-se com freqüência graças à dinâmica imobiliária que impregna o mesmo. Tem-se na área urbana um dos metros quadrados mais caros, proporcionalmente, mesmo em relação aos grandes centros do Estado. O crescimento populacional, que supera em muito seu crescimento vegetativo ou natural, é fruto da migração de pessoas, famílias inteiras de outras cidades da região, principalmente, para agregarem-se a força rudimentar necessária a construção civil. Entretanto, o desiderato de tal migração tem mudado nos últimos anos, pelo fato de Pau dos Ferros está se tornando uma cidade universitária com a chegada do Centro Federal de Educação – CEFET e futuramente a perspectiva da vinda da UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-árido.

Sobre este enfoque vale destacar que essa é uma das poucas cidades do interior do Estado que ostenta um curso de Mestrado, o que ocasiona sem sombra de dúvidas a elevação do conceito de cidade universitária, educada e inteligente.

São, indubitavelmente, vários e variados os motivos que embasam a pergunta alhures estatuída na intitulação desta epístola, contudo, subsidiado apenas em uma visão panorâmica de Pau dos Ferros e de sua postura urbana, podemos aferir que esta cidade vislumbra ares de fortalecimento, enobrecimento, galgando status de “grande” e “atrativa”, entretanto, não podemos esquecer que tais adjetivações implicam em responsabilidades para o poder público.
Não pode ser olvidado o planejamento urbano e nenhum detrimento pode incidir sobre os valores históricos e culturais da população de Pau dos Ferros.

Por Marciel Antonio de Sales, Contabilista, servidor federal, acadêmico de direito, cidadão patuense, candidato a prefeito de Grossos-RN, professor nas horas vagas, membro da NOF, ufólogo e ministro do governo do Monte Olimpo.

2 comentários:

Adriano Fontes disse...

Caro Marciel.
Inicialmente agradeço pelo privilégio de tê-lo como colaborador desse pequeno blog.

Sobre o assunto em tela, muito bem abordado pela sua perspicácia é oportuno salientar que o crescimento imobiliário de Pau dos Ferros e a consequente majoração dos valores dos imóveis pode ser o prelúdio de uma crise no setor, haja vista os atuais preços exorbitarem o justo, ou seja, pode estar sendo criada uma bolha com possibilidade de estourar em um futuro próximo, assim como aconteceu nos Estados Unidos exatamente neste setor.

Gláuber disse...

Primeiramente devo parabenizar nosso amigo Marciel por tal acertadas palavras. Isto posto, concordo com nosso também amigo Adriano no que se refere a uma majoração irreal dos preços de imóveis, que também acredito, que virá a causar algum abalo a economia pauferrense.