o mestre sábio, o aluno... nem tanto.

As aulas aconteciam três vezes por semana, poucos podiam pagar, não havia mais do que 15 alunos em toda aquela vila.

O professor chamava-se Cazuza Pedro, apesar de sua pouca técnica didática era a pessoa mais habilitada no lugar para exercer o magistério.

Antônio Ferreira era seu aluno mais indolente, por diversas vezes fôra submetido aos castigos comuns à metodologia da época.

Cazuza, que se descuidara da coluna e por essa razão comprometera sua estrutura física, não descurou-se de sua fértil imaginação para contornar os vários imbróglios que a vida nos proporciona.

Havia alguns meses que não recebia a mensalidade de Antonio Ferreira. Nunca desconfiara de seu pai, Manoel Ferreira Fontes, reconhecido em José da penha pela sua integridade moral, pela sua probidade, pela sua irrefutável honestidade e pela sua conduta digna e honrada.

O mestre cortou um galho fino de uma árvore e o transformou em 15 pedacinho de madeira todos do mesmo tamanho e para cada aluno entregou um.

Cazuza ordenou que todos trouxessem o pauzinho de volta no dia seguinte pois quem recebeu dinheiro do pai e não repassou para o professor seria acusado pela madeira que cresceria um centímetro naquela noite.

No dia seguinte recolheu a madeirinha e anotou o nome de cada um dos alunos nelas, ao conferir verificou que o pedaço de Antônio Ferreira havia sido aparado em um centímetro exato. E assim, se solucionou o caso.

1 comentários:

Gláuber disse...

GENIAL, GENIAL!!!