O leviatã

Ainda existem políticos que tratam seus perímetros eleitorais como feudos medievais. Nessas glebas é fácil encontrar a figura do vassalo, atualmente conhecido como puxa-saco e do servo humilhantemente a laborar para sustentar o poder do senhor feudal.

Durante a idade média mantinha-se o povo subjugado através da força e da opressão, parece-nos que até hoje os resquícios dessas eras remotas ecoam em nossa hodierna sociedade.

Algumas obras clássicas daqueles tempos tentavam justificar a tirania dos soberanos, sendo Thomas Hobbes um dos principais defensores do absolutismo em sua publicação "o Leviatã".

Para o filósofo Inglês, o soberano deveria ser forte, dominar pela armas e pelo medo, derrotar e humilhar seus adversários.

O leviatã seria, então, um monstro todo-poderoso capaz de amedrontar e diminuir através de sua imponente força qualquer homem que ousasse desafiá-lo.

Com efeito, Diante da conjuntura política e social em que vivia Hobbes é possível vislumbrar que a intenção dele foi obter uma ordem social diante da instabilidade daquele momento.

No entanto, passados 20 anos após a promulgação da constituição cidadã é inconcebível que alguém possa imaginar-se capaz de dominar os outros pela força do poder. A ninguém é dado esse direito. Os governantes devem pensar em trabalhar por seus municípios e deixar fluir a opinião de cada um. A opressão já não cabe em nossa contemporaneidade os eleitores já não se intimidam, a democracia já está consolidada.

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