Cada um constrói a sua história.

Já publiquei vários textos neste blog miúdo acerca da perseguição que alguns políticos insistem em executar contra seus adversários depois de seu projeto político lograr êxito.

Vamos usar analogia histórica para mostrar como os déspotas atravessam a posteridade e como os pacificadores escrevem seus nomes nos anais da vida.

Maximilien Robespierre foi uma das almas da revolução francesa que norteia até hoje a democracia no mundo. Lutou por causas nobres como voto universal. Todavia, quando os jacobinos assumiram os lemes da revolução houve uma grande perseguição a adversários. O lapso compreendido entre maio de 1793 e julho de 1794 ficou conhecido como período do terror. Robespierre semeou tanto ódio que acabou preso e morto pela burguesia que tomou o poder até então controlado pela facção da montanha. A história dele, que iniciou-se como a primavera, acabou sombria como as tempestades do inverno boreal.

Luís Alves de Lima e Silva entrou para para o campo iluminado da história como Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro. Viveu em uma época de grande efervescência política, revoltas em todas as regiões do país, conseguiu manter a integração nacional e recebeu o epíteto de pacificador. O Duque acreditava que a derrota já era grande humilhação para o inimigo e por isso anistiava o oponente. Tratava com cordialidade até o mais ferrenho adversário, ficou conhecido como sinônimo de virtudes. Gilberto Freyre acreditava que o caxiismo deveria ser ensinado na escola. Suas qualidades morais estão consolidadas nas páginas compiladas da história pela sua bravura, inteligência, comando e sinceridade.

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