Os “únicos” não serão os primeiros

No ultimo dia 5 (cinco) do mês em curso todos os cidadãos dos municípios brasileiros foram convocados, ou melhor, impelidos pela poder coercitivo da lei a dirigirem-se às urnas e exercerem o direito de escolha, elegendo dentre os habilitados a concorrem as vagas eletivas (Prefeito e vereadores em cada Município) àqueles que, teoricamente, melhor atenderiam ao perfil delineado pelo eleitor no processo de livre convencimento.

Por pressuposto lógico, o ideal seria a “oferta” de mais de uma opção concorrendo aos cargos eletivos; se possível, várias. Todavia, a realidade fora totalmente adversa a esta idéia, posto que na grande maioria dos municípios e principalmente nas corridas pelo executivo, as disputas foram polarizadas, mesmo com várias candidaturas.

Mais curioso ainda, foram as “Candidaturas Únicas”, o que não quer dizer que foram homologadas pela vontade soberana da população (não só os eleitores) dos municípios que, no último pleito, não ouviram o eco da oposição. No alto Oeste potiguar, foram sete os municípios que definharam a democracia. Inclusive, só nesta região ocorrera esse fenômeno. Ei-los: Luis Gomes, Antonio Martins, Major Sales, Portalegre, Taboleiro Grande, Viçosa e José da Penha.

Elas, só podiam ser elas, AS URNAS, revelaram que “os únicos não serão os primeiros”. O resultado das urnas, nestes lugares, diagnosticou anseios e decepções de suas populações, posto que os “únicos” foram eleitos, mas em contrapartida foram rejeitados. Basta, para aguçar a compreensão, analisarem-se os casos mais críticos dentre àqueles, Luis Gomes e José da Penha, os quais, respectivamente, não ouviram a voz de 39% e 37% dos seus eleitores, haja vista, o somatório de seus votos brancos nulos e abstenções alcançar absurda cifra percentual do total dos aptos a votarem.

De certo modo, em Luis Gomes e José da Penha, os gestores do Executivo local, eleitos no último pleito pela maioria soberana de seus cidadãos, devem consideram tais números como passivos contigenciáveis ou então encarar-los como rejeição, antipatia ou algo do gênero.

O texto acima é de Marciel Sales, que apesar de muito ocupado perde seu tempo escrevendo textos semanais para esse blog.

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