Um aliado desalinhado

Na sabedoria infinita de minha tenra avó, sempre ouvi adágios simples, porém, tão precisos quanto um corte cirúgico. Entre eles, o célebre ditado " quanto mais cabra, mais cabrito".

Na seara política, a soma de votos é sempre salutar ao candidato. Porém, um aliado pode causar, algumas vezes, dores de cabeça ao pleiteante.

O apoio de José Agripino à candidata Micarla Souza (PV) tem feito os adversários se empenharem com muita intensidade pela derrocada do grupo oposicionista.

Esse apoio pode custar um altercado segundo turno, com grande interesse do presidente Lula, pondo em risco a outrora tranqüila candidatura verde.

Uma razão para violência

O primeiro relato de violência que temos notícias remete-nos aos primórdios da humanidade. O famigerado Caim, desobedeceu a Deus e culpou Abel pela ira de Deus contra ele e quando estavam no campo atacou seu irmão até a sua dolorosa morte.

No âmago do problema podemos encontrar diversos fatores que contribuem para a sua contemporânea proliferação, entre eles, o qual trataremos a seguir.

O estado é o responsável pela tutela dos valores essenciais ao harmônico convívio entre os homens, protegendo os direitos fundamentais à existencia social.

Assim, quando um desses direitos é violado, cabe ao estado agir prontamente impondo coima ao agente transgressor do mandamento legal, clarividenciando o valor que o protetor do corpo social confere às suas normas.

Quando age rápido e com impetuosidade, transpassa a sensação de que, realmente, protege e dá méritos ao bem jurídico ofendido. Todavia, quando é omisso, moroso e inábil, revela-se a pouca importância que o estado consagra a tais valores.

Neste diapasão, é fácil perceber o porquê as delegacias, presídios, as demais intituições carcerárias e os centros de recuperação do menor e até escolas e hospitais não são muito bem valorizados pelo estado, ao contrário do que acontece com os orgãos de fiscalização tributárias que são sempre bem equipados, estruturados, confortáveis e com servidores bem remunerados.



Cimento

Lendo no blog do Jean Carlos sobre uma carrada de cimento apreendida pela polícia em Pau dos Ferros, lembrei-me de um verso feito em uma eleição pretérita sobre um caso análogo ocorrido em uma cidade vizinha.

Já faz tempo que preciso
fazer um puxadinho
mas o dinheiro curtinho
tem me deixado indeciso
É que ando sempre liso
sem muito contentamento
mas sem arrependimento
fiz negócio bem tramado
e meu voto foi trocado
em dez sacos de cimento

Mas pobre é bicho sem norte
veja o que aconteceu
a polícia apareceu
pra confirmar a má sorte
e assim se deu a morte
daquele triste puxado
e eu sem sorte, coitado
cultivando a minha dor
espero um vereador
pra ver se sobra um trocado.

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