Campus da UFERSA

No twitter do Senador Garibaldi Filho dá pra ter uma idéia da convergência de forças para consecução do objetivo intentado, qual seja, a instalação de um Campus da UFERSA na cidade de Pau dos Ferros.

Segundo o próprio Senador a bancada federal se comprometeu a propor emenda da ordem de R$ 22 milhões no orçamento da união em 2010.

Participaram da reunião além do ministro Fernando Hadad e de Garibaldi Filho, a Senadora Rosalba, José Agripino, os deputados Felipe
Maia, Henrique Alves, Fábio Farias, Fátima Bezerra, Sandra Rosado e Rogério Marinho. O prefeito de Pau dos Ferros também estava presente. O senador concluiu dizendo ter sido positiva a reunião no que tange ao tema. Todavia a imprensa potiguar divulgou que, por vezes, houve um certo desconforto durante o encontro, porém ficou acertada outra reunião para esta semana que se inicia.

Brasileiríssima: Aline Morais

Soneto do Orfeu

São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.

Vinicius de Moraes

Tudo indica que Lina está mentindo.

Há alguns dias tenho me esquivado de escrever sobre política, mesmo com toda essa hecatombe que a classe vem passando. No entanto algumas notícias devem, realmente, ser compartilhadas com os leitores que toleram este irrisório blog.

Na verdade, o ônus da prova cabe a quem acusa e parte da imprensa ainda não descobriu esse princípio, não obstante a divulgação por parte do Gabinete de segurança institucional de que não houve registro de entrada de Lina Vieira na Casa Civil durante os meses de novembro e dezembro de 2008.

Informação importante que vem sendo divulgada aos poucos é a de que Alexandre Firmino, Marido de Lina Vieira, trabalhou para alguns políticos potiguares durante as últimas campanhas eleitorais entre eles: Felipe Maia e Rosalba Ciarlini. Outro fato relevante diz respeito a Alexandre ter sido ministro interino do governo FHC conforme divulgou o blog de Helena Sthepanowitz:

Iraneth Maria Dias Weiler, a chefe de gabinete de Lina Vieira, aparece no TSE como doadora da campanha de Fernando Henrique Cardoso para presidente da República em 1998

O marido de Lina Vieira, Alexandre Firmino. É sócio da agência de publicidade Dois.A, de Natal.Um de seus sócios é o sobrinho de Garibaldi alves. A agência de publicidade, Dois,do marido de Lina Vieira realizou campanhas para o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Alexandre Firmino é um homem milionário. Ele é um dos donos da maior gráfica do RN, um de seus hobbies é colecionar canetas Mon blanc. Dizem em RN, que ele ficou rico quando integrou o ministério da integração, no governo do Fernando Henrique Cardoso(PSDB).

Quem leu entrevista de Lina Vieira à "Tribuna do Norte", em que condena a falta de punição aos que enriquecem por meio da corrupção, ficou com a impressão de que a ex-titular da Receita será mais uma técnica a abraçar a política em 2010.



A revista Época já descobriu que Lina deve mesmo está mentindo e divulgou em sua última edição:

Em seis horas de depoimento, Lina confirmou o que dissera na semana anterior ao jornal Folha de S.Paulo. Descreveu um encontro no Palácio do Planalto, onde Dilma teria lhe pedido para “agilizar” as investigações do Fisco contra empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mas Lina Vieira não apresentou dados novos capazes de comprovar a reunião. Não foi, portanto, capaz de desmentir a versão de Dilma, que, desde o início, nega ter se encontrado com Lina no Planalto. É fato que uma das duas está mentindo. Mas o ônus de apresentar provas cabe a quem acusa.

Lina não levou uma agenda em que pudesse ter registrado o compromisso. Não apresentou testemunha direta da conversa. No início, disse que foi um diálogo normal, no qual nem sequer se sentiu pressionada. “A ministra me disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar”, afirmou. No mesmo depoimento, porém, disse que achava o pedido de Dilma “incabível”.

Indicado como possível testemunha de sua ida ao Planalto, o motorista que costumava atender Lina deu uma entrevista dizendo que não sabia de nada. Em conversas informais com senadores, Lina Vieira identificou o dia 19 de dezembro de 2008 como a data provável do encontro. Mas informações oficiais revelam que as duas não poderiam ter se encontrado nessa data. No dia 19 de dezembro, Dilma passou a manhã em reunião do Conselho de Administração da Petrobras. À tarde, Lina estava em Natal, onde mora, a serviço.

UÉ? cadê os princípios de minha infância?

A sociologia explica que, geralmente, nos grandes centros urbanos não há uma maior vigilância moral por parte da sociedade e, neste caso, os princípios passam a ser mais flexíveis, enquanto nas cidades provincianas há um zelo mais apurado na conservação do próprio nome e do nome da família. Havendo sempre uma maior repreensão social para os que se desviam das condutas secularmente preestabelecidas.

Todavia, me arrisco a afirmar que tal explicação já pode ser contestada, haja vista que a globalização não tem interferido somente nas relações comerciais, mas também nas relações culturais. Influenciando fortemente o que toca à moral e os costumes éticos cultivados a duras penas pelos primordianos homens sociais.

Rapidamente posso trazer a baila algumas questões pertinentes a minha remota infância em distantes glebas do sertanejo interior potiguar, onde aprendi com disciplina oriental a observar a minha conduta moral dentro dos padrões que a minha família entendia ser ético e reto.

Descumprir obrigação assumida naqueles tempos era desonroso e vergonhoso, fazer escândalos e semear boatos era indigno de uma pessoa de bem, desrespeitar os mais velhos era simplesmente ultrajante. Não merecia apreço aqueles que se dedicavam a vadiagem e a vagabundagem volitiva.

Nos tempos de minha infância as famílias cultivavam os valores cristãos e os filhos pediam a benção aos pais várias vezes por dia e lhes rendiam respeito e obdiência, rezavam antes de dormir e antes do almoço.

Naqueles bons tempos brincos eram adornos femininos e tatuagens eram marcas apocalípticas, tudo isso soava-nos doce e inocente tal qual uma poesia bucólica e neste diapasão não se ouvia como regra sobre guangue, assalto, estupro, calote, trombadinha, traficante, estelionato, quadrilha, meliante, receptação, pedofilia, queima de arquivo, corrupção de menores, tráfico de pessoas, latrocínio...

Portanto, antes que alguém ouse a chamar esta filosofia que norteava minha tenra infância de ditadura da moral que serve às classes burguesas me defendo interrogando.

É preferível uma sociedade cercada de códigos de conduta que se sustente ou uma sociedade que de tão livre se sucumba?

Deveras é clarividente que a raça humana ainda não está preparada para uma filosofia Rosseauniana e se não houver um certo endurecimento no que concerne às normas morais pode haver uma corrida no sentido contrário da história, ou seja, o caos, a inevitável dessocialização,

Brasileiríssima



Quem muda o caráter, muda a consciência.
É essencial manter a essência
Mesmo com arte, o artificial.
Não destroi o brilho, do que é natural.

Você tem algo, que só deus explica.
Quanto mais simples, mais bonita fica.
Como foi ontem, que seja amanhã.
Eu nasci seu homem e vou morrer seu fã

Os Nonatos

O jipe de seu Assis

Seu Assis havia muito tempo trabalhava duro na Companhia de águas do estado afim de realizar seu sonho mais intenso.

Em um ensolarado dia levantara-se cedo foi ao ponto de ônibus e pegou um pau-de-arara em direção à cidade de Sousa.

Na feira do munícipio do sertão paraibano encontrou o tão almejado sonho de consumo. Durante algumas horas negociou com um cigano o valor do jipe 58, até que chegaram a um acordo e enfim seu assis adquiriu seu primeiro automóvel.

Assim seguiu glorioso o caminho de volta à sua terra em seu carro num doce balaçando que, para ele, mas parecia um balé, de tão grande o êxtase em que se encontrava.

Cruzou a ponte sobre o Rio piranhas e tão feliz nem percebera à frente a operação manzuá da polícia militar da Paraíba. De repente ouviu um silvo forte e um guarda barrigudo o obrigando a parar.

Seu assis pisou com força no pedal de freio, mas quem já ouviu falar que jipe tem freio? o carro foi parar a uns duzentos metros ou mais da blitz. O policial improbo caminhou feliz até o jipe certo de encontrar problemas suficientes para lhe render o malfadado quinhão da corrupção.

-Documento do carro?
-Tem não!
-E cadê a carta?
-E eu fiquei de escrever pro senhor?

O policial parecia não acreditar, seu Assis nem se preocupava e continuou a inquirição com intuito de alcançar o seu obscuro objetivo.

-Cadê o cinto de segurança?
-Tá segurando o bujão de gás que tem aí no motor.

Impacientou-se e provocou a última tentativa de intimidar seu Assis.

-Pois tá preso! o senhor e o carro!
-Bom demais, eu não tinha mesmo aonde dormir nem comer aqui em Sousa, agora tenho.

O policial viu que não tinha mesmo jeito e manifestou-se:

-Sabe de uma coisa? tire esse carro do meio, vá embora daqui, se suma.

-Não, né assim não, o jipe só pega no empurrão, chame os outros e descole o jipe aí.

A rifa, o genro do Bill Gates e o Bobo.

Essa eu não podia deixar de reproduzir aqui. Recebi por email do célebre companheiro Eugênio Soares e gostaria de compartilhar com os demais leitores do nosso blog.

1--
Havia lá para os lados de Minas (Paraná, Goiás, Macapá, você decide) um sitiante que enfrentava sérios problemas financeiros. Assim, quase sem nada pra comer, ele disse pra mulher:
- Vamos vender o Ventania (Tornado, Bucéfalo, Incitatus, você decide). Vou até o sítio do compadre Juvêncio (Jacinto, Joaquim, Genuíno, você decide) oferecer nosso cavalo.

O sitiante, muito triste, encilhou o Ventania, montou e partiu para o sítio do compadre.

É claro que Juvêncio ficou interessado na oferta e os dois logo acertaram o valor: dois mil reais. Ficou combinado que Juvêncio buscaria o cavalo em dois dias, assim que arrumasse novos arreios.

Passados dois dias, Juvêncio bateu na porta do compadre:

- Olá, compadre. Vim buscar o Ventania, conforme o combinado.

- Compadre, me desculpe, mas o Ventania morreu.

- Morreu?

- Morreu.

- Bom, sendo assim, então você me devolve o dinheiro.

- Pois é, o problema é que eu gastei tudo.

- Tudim?

- Tudim.

(Pausa dramática.)

- Então, compadre, eu vou levar o cavalo.

O sitiante ficou todo atrapalhado e perguntou:

- Mas o que você vai fazer com um cavalo morto?

- Vou rifar.

- O cavalo morto? Quem vai querer, compadre?!

- Ué, compadre, é só eu não contar que ele morreu.

"Isso não vai dar bom resultado", pensou o sitiante, mas ficou quieto.

Juvêncio levou o corpo do Ventania para seu sítio.

Passado um mês, os dois se encontraram e o sitiante perguntou:

- Compadre, e o Ventania?!

- Rifei. Vendi quatrocentos bilhetes a vinte reais cada. Consegui sete mil, novecentos e oitenta reais.

- Eita, e ninguém reclamou?

- Só o ganhador.

- E o que você fez?

- Devolvi os vinte reais pra ele e ficou tudo certo.

2--

Sei o que você está pensando.
Eu não pretendia comentar, mas vou.

Eu não pretendia comentar o que você está pensando não por pudor, mas porque é muito óbvio. É exatamente o que todos nós estamos pensando. É ou não é?

Num texto literário a obviedade sempre cai mal. Ela é trivial como um cavaleiro sobre um cavalo (me ocorreu essa comparação apenas pra não fugir do assunto). Num texto literário eu prefiro as lacunas, as elipses, as sutilezas, as reflexões implícitas: o cavaleiro galopando no ar, sem o cavalo, por exemplo. Ou o cavalo sobre o cavaleiro.

Mas aí já virou delírio kafkiano.

Tudo bem, vou comentar o que você está pensando. Não consigo resistir à tentação, afinal você está pensando exatamente o que todo mundo está pensando.

Juvêncio em Brasília.

É ou não é?

Você está pensando: "Ah, esse Juvêncio na câmara dos deputados, ou no senado, ou num ministério... Esse homem ia longe!"

Sabe por que esse pensamento não é nem um pouco surpreendente?

Porque de asa a asa Brasília está cheia de Juvêncios! Lotada!

Somente Brasília, não. São Paulo e Rio de Janeiro também. E todas as outras capitais. E todos os municípios deste glorioso país. São tantos Juvêncios do Oiapoque ao Chuí - milhões - que realmente não sei como eu não me chamo Juvêncio.

3---
Há inúmeros Juvêncios operando no mercado financeiro. No alto escalão das grandes corporações nacionais e multinacionais. Na cúpula de todos os partidos políticos e de todas as organizações religiosas. Na liderança das grandes emissoras de tevê. Na redação das revistas e dos jornais mais influentes. Até na Casa Branca e nas Nações Unidas, sinal de que o Brasil já exportou muito mais do que a bossa nova.
A índole juvenciana é nacional-universal, cósmica.

Juvêncio é - só pode ser - o protagonista desse outro caso do cavalo (agora sem o cavalo) que recebi por e-mail:

4---
Pai: "Escolhi uma ótima moça pra você se casar".
Filho: "Mas, pai, prefiro eu mesmo escolher a minha mulher".

Pai: "Mas, meu filho, ela é a filha do Bill Gates!"

Filho: "Bem, nesse caso, eu aceito".

Então o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.

Pai: "Bill, eu tenho o marido ideal pra sua filha".

Bill Gates: "Mas a minha filha é muito jovem pra casar".

Pai: "Mas, Bill, esse jovem é o vice-presidente do Banco Mundial!"

Bill Gates: "Nesse caso, tudo bem".

Finalmente o pai negociador vai ao presidente do Banco Mundial.

Pai: "Senhor presidente, eu quero recomendar um jovem pra ser o vice-presidente do Banco Mundial".

Presidente: "Mas eu já tenho muitos candidatos a vice-presidente, mais do que o necessário".

Pai: "Mas, senhor, esse jovem é o genro do Bill Gates!"

Presidente: "Nesse caso, ele pode começar amanhã mesmo".

5---
Recentes estudos antropológicos comprovam que uma pessoa sozinha - um náufrago numa ilha deserta - jamais será um Juvêncio. Mas onde há duas pessoas ou mais interagindo, sempre há pelo menos um Juvêncio.
Eles estão por toda parte.

Outra descoberta recente da ciência: existem muitos Juvêncios que, para sobreviver e triunfar num mundo tão competitivo, usam os disfarces mais camaleônicos.

6---
Numa pequena cidade do interior de São Paulo (Paraná, Goiás, Macapá, você decide) havia um pobre retardado que vivia de esmolas e pequenos biscates. Todo mundo tirava o maior sarro dele. Cada cidade do interior de São Paulo (Paraná, Goiás, Macapá, você decide) não tem seu idiota oficial? Então aí está. Ele era o idiota oficial dessa pequena cidade.
Diariamente, no final da tarde, o pessoal se reunia no bar em frente à igreja e chamava o bobo, que vinha todo babão. Então eles mostravam a ele na mão esquerda uma moeda de um real e na mão direita duas moedas de vinte e cinco centavos:

"Que mão você quer pra você?"

O bobo olhava a moeda de um real, olhava as duas moedas de vinte e cinco centavos, olhava a moeda de um real e sempre escolhia as duas moedas de vinte e cinco centavos.

Todo mundo no bar caía na risada.

Certo dia, com dó do coitado, um rapaz do grupo chamou o bobo e perguntou se ele ainda não havia percebido que as duas moedas valiam menos do que a outra.

- Eu sei - o bobo respondeu. - Juntas elas valem a metade da outra. Mas no dia em que eu escolher a outra moeda a brincadeira acaba e eu paro de ganhar as moedas.

7---
Que diamante multifacetado, a astúcia!
Tão nosso, tão brasileiro, o caso do bobo. Tão universal e tão brasileiro!

Luiz Bras.

Autoridade Napoleônica

Napoleão Bonaparte certamente foi uma das figuras mais emblemáticas da história mundial. Por vezes odiado, em outras adorado e até mesmo incompreendido, mas o certo é que ele representou muito para a democracia e para o desmoronamento da estrutura política, despótica e absolutista que prevaleceu durante o feudalismo que norteou o medievo.

Para demonstrar a sua autoridade e enfraquecimento dos fundamentos eclesiáticos protagonizou o acontecimento agora narrado: no dia 02 de dezembro de 1804 durante a sua coroação perante o Papa Pio VII na Catedral de Notre Dame Napoleão arrebatou das mãos do Pontífice, que viera à França especialmente para a cerimônia, e coroou a si próprio em demonstração de sua força e que não aceitaria autoridade da igreja sobre seu governo, depois coroou a sua esposa Josefina como a imperatriz da França.

Não é a toa que Napoleão escreveu à tinta seu nome na história da humanidade, todavia alguns governantes acabam escrevendo seu nome na areia da praia do esquecimento quando se deixam conduzir por terceiros, quando se querem manobrados pelas mãos de outros e acabam apagados pelo crepúsculo do tempo.

Um governante deve ter autoridade, não é possível que alguém tenha tanto desprezo pelo que os outros pensam dele e se deixa caminhar levado pelos ventos olvidos da história. Evidente que as pessoas devem ser escutadas e suas ideias levadas em consideração, mas não demonstrar o mínimo de força é meramente lamentável.

Portanto, para os caros leitores que objetivam trilhar os caminhos da política administrativa é de bom alvitre guardar alguns dos ensinamentos de Napoleão principalmente o fato de não se deixar dobrar pela vontade alheia.